sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Vestimenta Que Agrada a Deus


A vestimenta mais importante do discípulo verdadeiro de Jesus é interna e  espiritual. Ele já tem removido os panos sujos de pecado e maus   pensamentos, e tem os substituído por novas roupas de santidade e entendimento da vontade de Deus (veja Colossenses 3:1-16). Ele procura cada dia ser mais parecido com seu Senhor, e se esforça para desenvolver as atitudes piedosas que Jesus ensinou e demonstrou (Mateus 5:1-12). Essas transformações internas vão modificar seu comportamtento externo, é claro. Ele não vai mentir ou furtar como pessoas mundanas (Efésios 4:25-29). Todos os aspectos da vida dele são colocado sob controle do Deus santo a quem ele serve (1 Pedro 1:13-16).
Através da História, homens e mulheres têm lutado com a questão de como essa transformação interna deve ser refletida exteriormente. Deve o servo de Deus se vestir de um modo diferente do que as pessoas do mundo? Respostas a essa pergunta são quase tão diversas como as modas numa loja de roupas. Alguns argumentam que a vestimenta dos servidores de Deus devem ser completamente diferentes do que as das pessoas do mundo. Resultados de tais pensamentos incluem as trajes tradicionais de ordens religiosas especiais e outras roupas peculiares, como as adotadas pelo povo Amish. Outros vão ao extremo oposto, dizendo que os cristãos devem ser iguais ao mundo e que eles podem seguir todas e quaisquer modas do mundo.
Deus nos ensina como nos vestir
Quando Deus fala sobre algum assunto em todas as épocas da história bíblica, devemos reconhecer que é importante. Por exemplo, ele ensina sobre a permanência de casamento no período dos patriarcas, na dispensação da lei de Moisés, e no Novo Testamento. Enquanto não adotamos do Antigo Testamento leis específicas sobre o casamento, nós entendemos os princípios do Novo Testamento com a ajuda do Antigo Testamento. Percebemos que são diversos os assuntos que são incluídos em todas as épocas de revelação divina: adultério, idolatria, a importância de sacrifícios apropriados, comer sangue, matar, etc. Desde o jardim de Éden, Deus tem orientado seu povo sobre roupas modestas. Vamos procurar entender esse ensinamento, e tenhamos a fé e o amor suficiente para aceitar o que ele diz, mesmo se não o compreendemos (Isaías 55:6-9).
Deus ensina seu povo a se vestir com modéstia
A dão e Eva. "Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam" (Gênesis 2:25). Na sua inocência, antes de cometer o primeiro    pecado, era normal para Adão e Eva estarem nus, mesmo andando no jardim na presença de Deus. A mesma inocência é vista em criancinhas ainda não corruptas pelo pecado. Mas, quando Adão e Eva conheceram a diferença entre o bem e o mal, ficaram envergonhados e imediatamente fizeram algum tipo de roupa mínima (Gênesis 3:7). A palavra usada aqui sugere que fizeram alguma coisa que foi embrulhada no corpo, evidentemente escondendo as partes mais íntimas do corpo. Mas Deus não aprovou esse tipo de roupa. Ele lhes fez uma vestimenta de peles (Gênesis 3:21). Essa palavra sugere um tipo de túnica. William Wilson, em seus Estudos de Palavras no Antigo Testamento, diz que essa vestimenta era um tipo de roupa usado por homens e mulheres que, tipicamente, tinha mangas e caiu até os joelhos, raramente aos tornozelos. O que podemos aprender desse primeiro caso? Deus quer que homens e mulheres usem roupas. Não somos como animais, que não sentem vergonha de sua nudez. Podemos entender, também, que a vontade de Deus desde o princípio é que usemos vestimentas que cobrem o corpo, não meramente alguma coisa embrulhada no corpo para esconder as partes mais íntimas. Cada servo de Deus precisa ser honesto e sincero aqui: as roupas de praia usadas hoje em dia seriam mais parecidas com as roupas que Deus fez, ou com as cintas que Adão e Eva fizeram?
Sacerdotes do Velho Testamento. Ninguém hoje tem motivo para dizer que nós devemos usar roupas iguais aos trajes sagrados usados pelos sacerdotes do Antigo Testamento. Mas, nós podemos aproveitar uma lição importante do motivo que Deus deu junto com algumas regras. Primeiro, ele proibiu altares elevados, para que a nudez do sacerdote não fosse exposta (Êxodo 20:26). Mais tarde, ele acrescentou outra instrução para melhor evitar esse tipo de problema. Ele ordenou que os sacerdotes usassem calção em baixo de suas túnicas para cobrir a sua nudez (Êxodo 28:40-42). Deus especificou que o calção iria "da cintura às coxas". Deus não queria que esses servos mostrassem as coxas expostas ao mundo. Hoje, homens do mundo tiram suas camisas e mostram suas coxas para todo o mundo na praia ou na rua. Homens que servem a Deus precisam perguntar para si, honestamente, se isso é realmente o que Deus pretendia que o povo santo fizesse.
Roupas peculiares ao sexo oposto. Em Deuteronômio 22:5, Deus disse: "A mulher não usará roupa de homem, nem o homem, veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais cousas é abominável ao Senhor, teu Deus." Entendemos que não somos sujeitos às ordenanças dadas por meio de Moisés aos israelitas. Portanto, é esclarecedor entender o que Deus estava dizendo. Ele não estava proibindo que homens e mulheres usassem algum artigo de roupa semelhante. Na época, ambos os sexos usavam túnicas, como ambos homens e mulheres em muitas culturas hoje usam calças compridas. É errado usar esse versículo para condenar as mulheres que usam calças. Mas, Deus quer que mantenhamos distinções entre os sexos (veja, por exemplo, 1 Coríntios 11:14-15). Ele condena as perversões de homens que se vestem e se comportam efeminadamente (1 Coríntios 6:9).
A vergonha da virgem da Babilônia. Quando Isaías profetizou, a nudez era, ainda, associada com vergonha. Quando ele descreveu o povo da Babilônia como uma virgem abusada, um aspecto da humilhação dela era que o inimigo descobriu suas pernas e sua nudez (Isaías 47:1-3). Mas hoje em dia, mulheres do mundo voluntariamente mostram suas pernas e ousam expor sua nudez, sem sentir nem um pouco envergonhadas. Será que tornamos tão dessensibilizados ao pecado, devido à cultura corrupta, que já esquecemos como sentir vergonha? (Veja Jeremias 8:5,8,9,11,12.) Como servos de Deus, temos que ser diferentes, não conformados aos costumes errados do mundo (Romanos 12:1-2). Precisamos saber como sentir vergonha.
A modéstia e bom senso de mulheres cristãs
Agora, vamos ver duas passagens semelhantes no Novo Testamento. "Da mesma  sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom   senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)" (1 Timóteo 2:9-10). "Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus. Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seu próprio marido" (1 Pedro 3:3-5). Esses trechos não são idênticos (1 Timóteo fala sobre mulheres em geral, enquanto 1 Pedro fala sobre a mulher cujo marido não é cristão), mas há vários pontos paralelos. Vamos estudar alguns pontos chaves.
Jóias. É comum ouvir alguém usar esses versículos para proibir absolutamente todos os tipos de jóias, enfeites de cabelo, etc. Mas esse não é o sentido do texto. A Bíblia, às vezes, usa essa construção (Não faça isso, mas faça aquilo) para enfatizar o que é mais importante, sem proibir o menos importante. João 6:27 é um exemplo claro: "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará...." Jesus não está proibindo trabalho honesto para suprir as necessidades da vida (compare 2 Tessalonicenses 3:10; 1 Timóteo 5:8), mas está dizendo que devemos dar muito mais importância às coisas espirituais. Da mesma forma, Paulo e Pedro não proibiram o uso de jóias ou estilos de cabelo, mas disseram que mulheres piedosas devem dar mais ênfase à pessoa interior. É interessante que tanto Paulo como Pedro usaram exemplos do Antigo Testamento para explicar seu ensinamento. No Velho Testamento, jóias eram comuns, até entre as mulheres fiéis a Deus (veja Isaías 61:10; Provérbios 1:9; Gênesis 24:22,30,53). Excessos devem ser evitados, mas esses servos de Deus não proibiram o uso modesto de jóias.
Aqui, é bom observar que os escritos inspirados do Novo Testamento usaram exemplos do Velho Testamento para mostrar como o povo de Deus se veste.
A modéstia começa no coração. Os dois autores, Paulo e Pedro, fazem uma ligação importante entre o coração e as roupas. Algumas mulheres vão insistir em usar o tipo de roupas que elas querem, dizendo que ninguém pode mostrar onde Deus especificamente proibiu mini-saias, ou mini-blusas, ou biquinis, ou roupas muito justas. O problema nesses casos não é a falta de alguma regra específica nas Escrituras, mas a ausência de uma atitude certa no coração. Regras no vestuário não fazem a mulher modesta. Se o coração estiver errado, a mulher não será mansa e modesta.
A modéstia e bom senso. Em vez de dar uma lista de regras sobre vestimenta, Paulo apela à modéstia e bom senso das mulheres. Uma mulher (ou homem!) cujo entendimento é baseado nos princípios das Escrituras e cujo coração é dedicado a Deus, se vestirá decentemente. Ela não vai procurar chamar atenção por meios carnais, pelo uso de roupas dispendiosas ou que mostram o corpo.
Manso e tranqüilo. Pedro fala do espírito "manso e tranqüilo" como a base das roupas apropriadas. Paulo disse que nós todos devemos procurar viver uma vida "tranqüila e mansa" (1 Timóteo 2:2). O espírito manso e tranqüilo de cristãos — homens, mulheres e jovens — vai determinar o tipo de roupa que realmente agradará a Deus. Os cristãos farão diferença entre as roupas que refletem um espírito piedoso e as que sugerem carnalidade (veja Provérbios 7:10 — roupas fazem uma diferença!).
Vestindo-se para agradar a Deus
Muitas igrejas erram por inventar regras humanas sobre roupas. Mas, muitas  outras erram por recusar a estudar e ensinar, cuidadosamente, o que Deus tem  dito, para ajudar cada filho de Deus pensar e se vestir de uma maneira que glorifica o nome dele. Que possamos nos vestir para ele, começando com o próprio coração.

Movimento pentecostal na América do Sul


Início do Movimento Pentecostal

O movimento pentecostal surgiu nos Estados Unidos em 1901, sendo que uma das suas principais características era o ?batismo com o Espírito Santo?, os seus fundadores acreditavam e até hoje acreditam que ainda há uma ação poderosa do Espírito Santo, pois Ele se manifesta da mesma forma como se manifestou no dia de Pentecostes. Daí é que surge o nome do Movimento Pentecostal.

Para ser mais preciso, esta experiência começou num culto de oração, onde uma aluna pediu que seu líder Charles Parham impusesse as suas mãos sobre ela e orasse para que ela fosse batizada no Espírito Santo. Agnes Ozman, a aluna, conseguiu o seu objetivo e passou três dias falando em línguas estranhas.

Como acharam agradável a manifestação do Espírito, Charles e doze alunos continuaram orando para que eles fossem revestidos também, depois de poucos dias todos foram batizados. E a partir daí, o movimento começou a despertar.

Parham, começou a anunciar o Movimento Pentecostal para outras cidades e estados do Estados Unidos. Em 1905, ele estabeleceu várias igrejas de Fé Apostólica em Houston, Texas.

Outros grandes nomes deste movimento nos Estados Unidos foram William J. Seymour, o grande pregador negro, William Durham, John Sinclair, Gaston Cashwell, Charles Mason, dentre outros.

Um dos movimentos dentro do Pentecostalismo de maior destaque era o Movimento da ?Azuza Street?, que teve início em abril de 1906 na rua Azuza em Los Angeles, Califórnia. O seu grande líder era Seymor. Este movimento ficou conhecido pela forma de como era realizado e devido a manifestação do Espírito Santo freqüente, muitas pessoas naquele local receberam o Dom de línguas.

Após grande repercussão nos Estado Unidos, o movimento pentecostal chega a América do Sul causando o mesmo impacto, ou talvez maior. O Brasil, Argentina e Chile foram os países que receberam um maior destaque.

Movimento Pentecostal no Brasil

No Brasil, este movimento surgiu em 1910, com a fundação da Congregação Cristã do Brasil na cidade de São Paulo. Seu fundador foi o italiano Luigi Francescon, que antes de se tornar um membro pentecostal foi de origem presbiteriana e batista.

Logo em seguida surgiu a Missão da fé apostólica, fundada em 1911 por Daniel Berg e Gunnar Vingren. Depois, a Igreja do Evangelho Quandrangular, fundada pela canadense Aimée Semple Mcperson, mas no Brasil pelo missionário Harold Williams; a Igreja Brasil para Cristo, que teve seu início na pessoa de Manuel de Melo; e outras igrejas que foram surgindo de acordo com o tempo.

Este movimento é o que mais cresce no país. As estatísticas recentes mostram que aproximadamente 70% dos evangélicos do Brasil pertencem a denominações ligadas ao pentecostalismo, e esta estimativa continua crescendo.
Temos abaixo algumas caracteristicas das igrejas pentecostais:

a importância dada ao batismo no Espírito Santo, algo• comparável ao que os apóstolos receberam no dia de Pentecostes. Para muitos pentecostais essa experiência está associada ao dom das línguas, que faz com a pessoa fale um linguajar ininteligível, o que, para alguns, seria a "língua dos anjos";

a importância dada à revelação direta do Espírito Santo que• consistiria em graças concedidas ao homem para entender as verdades e os mistérios da fé contidos nas Escrituras;

a prática de batizar somente• adultos;

a crença numa iminente segunda vinda de Cristo;•

um• rigor moral que proíbe o que pode parecer fútil e mundano, como beber, fumar, dançar, assistir à televisão, especialmente novelas, a frivolidade no vestir, especialmente das mulheres, como cortar cabelo, usar calças compridas, maquiar-se, etc;(isto está mudando em passos bem lentos)

grande• facilidade em interpretar como avisos ou revelações divinas certos acontecimentos da vida;

visão das doenças como punições divinas pelo• pecado. Não que Deus envie diretamente a doença, mas permite que o diabo a cause como castigo para o crente;(nem todos, mas a maioria)

como• conseqüência, busca da cura da doença especialmente pela oração, a ponto de alguns crentes mais radicais envergonharem-se de ir ao médico ou de tomar remédios;
daí é possível entender a grande importância dada à presença de• Satanás e aos esforços para derrotá-los através de exorcismos.

O movimento pentecostal brasileiro pode ser dividido em duas correntes. A primeira, chamada de pentecostalismo clássico, que teve início em 1910 e chegou ao fim em 1950. Esta fase sempre caracterizou pelo anticatolicismo e pela ênfase na crença do Espírito Santo.

A Segunda corrente começa a surgir na década de 50, quando chegam a São Paulo dois missionários norte-americanos da Internetional Church of the Foursquare Gospel. Eles criaram a Cruzada Nacional de Evangelização, onde os seus maiores objetivos eram a cura divina, a evangelização em massas, principalmente pelo rádio, contribuindo bastante para o crescimento do pentecostalismo pelo Brasil.

Acreditam que o crescimento do movimento esteja ligado as crises das igrejas teoricamente tradicionais, principalmente a igreja católica.

Congregação Cristã do Brasil

Esta é conhecida como a pioneira dentro do grupo dos pentecostais. Fundada pelo italiano Luigi Francescon, que nasceu em Cavasso Nuovo, província de Udine. Imigrou para os estados Unidos, onde iniciou a sua vida religiosa na igreja Valdense. Fundou a Igreja Presbiteriana Italiana. Em 1907, Luigi(ou para alguns, Louis) venho a conhecer o movimento pentecostal, através do pastor William H. Durham, um dos pioneiros do movimento, e inclusive foi batizado no Espírito Santo. Em 1909, Luigi e seu companheiro de fé Giacomo chegam na Argentina e depois no Brasil, em 08 de março de 1910. Foi no Brasil que Francescon fundou a Congregação Cristã do Brasil, para ser mais preciso em São Paulo. Ele começou a obra com vinte pessoas oriundas de outras denominações, mas havia entre eles um católico. Até 1935, a igreja era restrita aos imigrantes italianos, a partir daí, foi divulgada a todos.

Eis algumas das características da Congregação cristã do Brasil:

há menos participação• emotiva, menos agitação em suas reuniões: ambiente é de seriedade;

seus• membros evitam o título de pentecostais e também a colaboração com outras correntes do protestantismo;

são muito severos quanto ao comportamento• das mulheres e sua apresentação exterior, não permitindo roupas curtas nem cortar o cabelo;

não gostam dos membros que se sobressaem, preferindo• os humildes e até os pouco instruídos, pois dizem que Jesus pregou a humildade e a simplicidade;

chamam o batismo no Espírito Santo de "promessa do• Espírito Santo";

não gostam de manifestações espalhafatosas, como• pregação nas ruas, pelo rádio ou pela TV. Tudo é feito em seus cultos e pelo trabalho de convidar parentes e amigos a freqüentarem suas igrejas ou através da conversa e contato individual com as pessoas que encontram nas ruas, no trabalho, em viagens;

como todas as denominações do ramo pentecostal,• têm muita facilidade em interpretar como intervenções divinas ou até mesmo milagres os fatos comuns de sua vida.

A Congregação Cristã do Brasil é uma das maiores denominações do país, com mais de um milhão de membros.

Assembléia de Deus

Começou sendo chamada como Missão da Fé Apostólica, e foi fundada no Brasil em 18 de junho de 1911, no estado do Pará, por Gunnar Vingren e Daniel Berg. Vingren foi o primeiro pastor desta denominação, que em 1918 mudou de nome para ser hoje a maior igreja evangélica do Brasil, passou a se chamar Assembléia de Deus.

Em poucas décadas, a Assembléia de Deus, a partir de Belém do Pará, onde nasceu, começou a penetrar em todas as vilas e cidades até alcançar os grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Em virtude de seu fenomenal crescimento, os pentecostais começaram a fazer diferença no cenário religioso brasileiro. De repente, o clero católico despertou para uma possibilidade jamais imaginada: o Brasil poderia vir a tornar-se, no futuro, uma nação protestante.

O seu Credo de Fé realça a salvação pela fé no sacrifício vicário de Cristo, a atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais e a bendita esperança na segunda vinda do Senhor Jesus.

Igreja do Evangelho Quadrangular

Fundada pela pastora canadense Aimée Semple Mcperson, a Igreja do Evangelho Quadrangular atingiu um grau de expansão incrível, devido a espetacular oratória de sua líder, e também os milagres atribuidos a sua pessoa.

O ponto principal dessa nova doutrina é um trecho do livro do profeta Ezequiel (1, 5-12) que teve uma visão de quatro animais com forma de homem, de leão, de touro e de águia. Esses mesmos animais teriam sido, posteriormente, interpretados como símbolos dos quatro evangelistas: o homem para Mateus, o leão para Marcos, o touro para Lucas e a águia para João, devido a uma semelhança entre eles e as características de cada evangelista. Aimée McPherson foi além e pensou que os quatro animais representariam quatro títulos de Jesus Cristo: o homem significaria o salvador, o leão, o batizador; o touro, o médico e a águia, o rei que voltará. Daí o nome de Evangelho Quadrangular. A nova doutrina alastrou-se rapidamente pelos Estados Unidos e pela America Latina.

Essa nova denominação tem uma finalidade missionária muito forte e marcante; aliás essa é uma característica comum a todos os movimentos de origem pentecostal. Diz um trecho da Declaração de Fé da Igreja do Evangelho Quadrangular: "Evangélica na mensagem, internacional no projeto, é composta pela união dos fiéis cristãos que se congregam para a promoção do evangelismo no mundo e a pregação do Evangelho Quadrangular do Reino: Jesus Salvador, Batizador, Médico e Rei que voltará".

Igreja Universal do Reino de Deus

Esta igreja entra no novo ramo das igreja pentecostais, para uma melhor explicação e consideração, ela é tida com neo-pentecostal. Fundada em 1977, pelo bispo Edir Macedo, que a lidera até os dias de hoje.

A IURD é caracterizada pela diversidade de formas místicas que compõem seus cultos. Esta igreja focaliza as situações que afligem maior parte da sociedade, como problemas de trabalho(desemprego e questões financeiras), vida familiar, amorosa e saúde.

O que mais se destaca é a questão do exorcismo praticado em frente das câmeras de tv. Incomodando alguns e agradando a outros, a Igreja Universal vem crescendo a cada dia.

Movimento Pentecostal no Chile

A história do pentecostalismo no Chile começou através de um sonho de um guarda-noturno chileno, que já era cristão e membro da Igreja Metodista em Valparaíso.

No sonho Jesus o olhava e falava com ele num tom suave, porém firme:

- Acorde. Quero falar com você.

- Sim Senhor! Respondeu o homem meio temeroso.

- Encaminhe ao seu pastor e diga-lhe que reuna alguns membros mais espirituais da congregação. Eles devem orar juntos todos os dias. Vou batizá-los com línguas de fogo.

O guarda foi de encontro ao seu pastor para contar tudo aquilo que ele havia sonhado. O pastor, chamado Willis Hoover, aceitou o sonho como confirmação do Senhor, pois ele esperava que Deus desse-lhe uma benção inexplicável. No dia seguinte, o pastor reuniu com um grupo de membros da sua igreja para orarem. Eles se comprometeram sempre estarem orando ao Senhor as tardes.

As conseqüências destas orações as tardes foram coisas que o homem natural não consegue explicar. Pessoas totalmente voltadas as suas vidas espirituais, pecados ocultos sendo revelados, pessoas tendo sonhos e visões. E cada dia que se passava, eles oravam cada vez mais esperando mais.

Com três meses de pura experiência com o Senhor Jesus, o avivamento despertou e o movimento pentecostal no Chile se iniciava.

A igreja começou a crescer de uma maneira acelerada. A escola dominical atingiu um número de 363 alunos em julho, 425 em agosto e 527 em setembro. O número de assistentes aos cultos em outubro chegou a 900.

Mesmo com todo este crescimento, alguns não concordaram com o método empregado nos cultos. Um colega missionário enviou um documento à sede acusando o pastor perante o tribunal criminal na cidade chilena do avivamento.

No final de 1909, o pastor Hoover foi acusador de está fora dos padrões bíblicos e metodistas. Isto fez com que o mesmo se sentisse obrigado a deixar a igreja.

Ele não se sentiu constrangido por isso e fundou a Igreja Metodista Pentecostal. Continuou com o crescimento espetacular atingido no final da década de 80 cerca de 650 mil membros, enquanto, a igreja metodista que o colocou para fora tinha 20 mil.

Movimento Pentecostal na Argentina

O pentecostalismo argentino iniciou-se no período de avivamento chileno, 1909. Começaram o trabalho de forma independente, mas em 1914 se filiaram a Assembléia de Deus dos Estados Unidos. Mesmo sendo enviado vários missionários tanto dos Estados Unidos como do Canadá, a Argentina não se desenvolveu, resumindo em 40 anos de ministério em 174 membros adultos.

Quando todos estavam desanimados, sem mais motivo algum para enxergarem o crescimento, em 1952, na cidade de Talahassee, Flórida, EUA, Tommy Hicks recebeu uma visão do Senhor. Nesta visão ele via um mapa da América do Sul coberto por um campo de cachos amarelos, inclinados e pronto para ceifa, enquanto ele contemplava os maravilhosos cachos balançando ao sol do meio-dia, as hastes de trigo começaram a se transformarem em corpos humanos, homens e mulheres levantando as mãos e clamando por ajuda.

A partir daí, Hicks decidiu que iria fazer a obra na América do Sul, apesar de não conhecer nada sobre este continente. Como parte da profecia, ele veio de avião para Buenos Aires.

Para completar a maravilhosa manifestação do Espírito Santo, quando Hicks estava no avião escutava uma voz que repetia a palavra Perón, então, ele chamou a aeromoça e perguntou quem seria este Perón. A aeromoça disse que era o presidente da Argentina. Hicks entendeu que Deus lhe mandou falar com o presidente.

Todos duvidavam que ele conseguiria marcar uma audiência com o presidente, mas sem desanimar com a confiança dos que lhe cercavam ele foi adiante.

Através de um milagre é que o evangelista Hicks conseguiu falar com o presidente. O secretário do presidente entrou na sala mancando, sua perna estava azulada, os músculos rígidos e o joelho muito inchado. O evangelista se propôs a orar por ele, mas o mesmo zombou dele dizendo que nem o próprio Jesus faria nada por ele naquele momento.
Hicks orou e o homem ficou curado. O próprio secretário o levou para falar com o homem mais importante do país. O presidente o recebeu cordialmente e terminaram a entrevista com oração.

Perón deu toda autoridade a Hicks, deu permissão para ele usar um estádio, também o autorizou a usar as emissoras de rádio e a imprensa governamentais.

O grande evangelista pregou durante cinquenta e dois dias para aproximadamente dois milhões de pessoas. Com todos estes feitos a nação evangélica da Argentina lucrou, mas os que prevaleceram mais foram os pentecostais.

Como fruto desta cruzada evangelística, em 1979, Omar Cabrera fundou o movimento Visão do Futuro, que em cinco anos este movimento atingiu o número de 135 mil crentes em 35 diferentes centros de pregação.

HOMILÉTICA [a arte de preparar e pregar sermões]


DEFINIÇÃO DO TERMO
O termo Homilética é derivado do Grego "HOMILOS" o que significa, multidão assembléia do povo, derivando assim outro termo, "HOMILIA" ou pequeno discurso do verbo "OMILEU" conversar.
O termo Grego "HOMILIA" significa um discurso com a finalidade de Convencer e agradar. Portanto, Homilética significa "A arte de pregar".
A arte de falar em público nasceu na Grécia antiga com o nome de Retórica. O cristianismo passou a usar esta arte como meio da pregação, que no século 17 passou a ser chamada de Homilética.
Vejamos algumas definições que envolve essa matéria:
Discurso - Conjunto de frases ordenada faladas em público.
Homilética - É a ciência ou a arte de elaborar e expor o sermão.
Oratória - Arte de falar ao público.
Pregação - Ato de pregar, sermão, ato de anunciar uma notícia.
Retórica - Conjunto de regras relativas a eloquência; arte de falar bem.
Sermão - Discurso cristão falado no púlpito.
FINALIDADE
O estudo da Homilética abrange tudo o que tem a ver com a pregação e apresentação de práticas religiosas: como preparar e apresentar sermões de maneira mais eficaz.
IMPORTÂNCIA DA MATÉRIA
Sendo a HOMILÉTICA a "Arte de Pregar", deve ser considerada a mais nobre tarefa existente na terra. O próprio Jesus Cristo em Lucas 16 : 16 disse: Ide pregai o evangelho...
Quando a Homilética é observada e aplicada, proporciona-se ao ouvinte uma melhor compreensão do texto.
A observação da Homilética traz orientação ao orador.
A ELOQUÊNCIA
ELOQUÊNCIA é um termo derivado Latim Eloquentia que significa: Elegância no falar, Falar bem, ou seja, garantir o sucesso de sua comunicação, capacidade de convencer. É a soma das qualidades do pregador.
Não é gritaria, pularia ou pancadaria no púlpito. A elocução é o meio mais comum para a comunicação; portanto deve observar o seguinte:
1. Voz - A voz, é o principal aspecto de um discurso.
Audível Todos possam ouvir.
Entendível Todos possam entender. Pronunciar claramente as palavras. Leitura incorreta, não observa as pontuações e acentuações.
2. Vocabulário - Quantidade de palavras que conhecemos.
Fácil de falar - comum a todos, de fácil compreensão - saber o significado
Evitar as gírias, Linguagem incorreta, Ilustrações impróprias.
ALGUMAS REGRAS DE ELOQUÊNCIA
- Procurar ler o mais que puder sobre o assunto a ser exposto.
- Conhecimento do publico ouvinte.
- Procurar saber o tipo de reunião e o nível dos ouvintes.
- Seriedade pois o orador não é um animador de platéia.
- Ser objetivo, claro para não causar nos ouvintes o desinteresse.
- Utilizar uma linguagem bíblica.
- Evitar usar o pronome EU e sim o pronome NÓS.
A POSTURA DO ORADOR
É muito importante que o orador saiba como comportar-se em um púlpito ou tribuna. A sua postura pode ajudar ou atrapalhar sua exposição.
A fisionomia é muito importe pois transmite os nossos sentimentos, Vejamos :
- Ficar em posição de nobre atitude.
- Olhar para os ouvintes.
- Não demonstrar rigidez e nervosismo.
- Evitar exageros nos gestos.
- Não demonstrar indisposição.
- Evitar as leituras prolongadas.
- Sempre preocupado com a indumentária. ( Cores, Gravata, Meias )
- Cabelos penteados melhora muito a aparência.
- O assentar também é muito importante.
Lembre-se que existem muitos ouvintes, e estão atentos, esperando receber alguma coisa boa da parte de Deus através de você.
CARACTERÍSTICAS DE UM BOM SERMÃO
O sermão é caracterizado como um bom sermão não pela sua extensão e nem mesmo pelas virtudes do pregador, sejam intelectuais ou morais, mas pelas qualidade do sermão:
1. UNÇÃO
Todo sermão deve ter inspiração divina. Um sermão sem unção, ainda que tenha uma excelente estrutura, não apresentará poder para conversão, consolação e edificação.
Devemos lembrar que ao transmitir um sermão estamos não estamos transmitindo conhecimento humano mas a Palavra de Deus e esta é a única que penetra até a divisão da Alma e Espírito, portanto é fundamental a unção.
2. FIDELIDADE TEXTUAL
Fidelidade textual é importante, visto que os ouvintes estão atentos ao texto de referência ou ao tema escolhido. Há muitos pregadores que tomam um texto como referência e depois esquecem dele.
3. UNIDADE
Todo sermão tem um objetivo a ser alcançado. O seu conteúdo deve convergir para um único alvo.
"Há sermões que são uma colcha de retalho, uma verdadeira miscelânea de assuntos, idéias e ensinos".
4. FINAL
Tudo tem um começo e um final. O Pregador deve ter em mente que o ouvinte está se alimentando espiritualmente.
Um sermão bem terminado será muito produtivo ao ponto de despertar o desejo de querer ouvir mais.
RECOLHENDO MATERIAL
Quase toda pesquisa serve como base para sermões. Todavia, é verdade incontestável que, quanto mais instrução tem uma pessoa, tanto mais condições terá para preparar e apresentar sermões.
Toda pessoa que deseja ocupar-se na obra do Senhor, e especialmente falar diante do público, deve formar paulatinamente uma biblioteca segundo suas capacidades mentais e financeiras.
Os quatro primeiros livros a serem adquiridos e que dever servir como base da sua biblioteca são: Bíblia de estudo; Dicionário bíblico; Concordância; Um comentário bíblico. Depois pode ir adquirindo outros, de acordo com as necessidades.
COMO PREPARAR UM SERMÃO
1. DESCOBRIR O PENSAMENTO CENTRAL
O pensamento central é a mensagem, ou seja, é o Tema. Sempre procurar definir o tema no sentido positivo. Será que existe Deus ? é um tema indesejado pois suscitam mais dúvida do que fé. Como ser curado ? é um tema sugestivo pois fortifica a fé.
Em alguns casos o pregador fala o título (Tema ) da pregação outras vezes não é necessário porém no esboço é aconselhável colocar.
O orador deve ser um homem de Deus e que possui a mensagem de Deus e esta deve ter com fonte as Sagradas Escrituras.
O Título pode ser:
Imperativo Quando sugere uma ordem. ( Ide Marcos 16:15 )
Interrogativo Quando sugere uma pergunta. (Que farei de Jesus? Mt.27:22)
Enfático Quando é reduzido. ( Amor, Fé )
A mensagem pode Ter várias origens :
Através da leitura da Bíblia.
A Bíblia contém argumentos, respostas, exemplos, e ensinamentos para todos os seres humanos.
Cristo usou a Palavra de Deus ( Bíblia ) para combater a Satanás. A Palavra de Deus é a primeira fonte do pregador. Como fonte de inspiração para nossos sermões devemos observar os recursos internos e os externos.
As literaturas religiosas e não religiosas.
Todas as literaturas podem ser fontes de inspiração para o pregador desde que esteja sob a orientação do Espírito Santo.
As fontes podem ser: jornais, revistas etc. Os livros religiosos são boas fontes de inspiração pois constitui também na Palavra de Deus.
Em uma observação.
É uma rica fonte de inspiração, desde que o pregador esteja atento, pois Deus pode transmitir uma mensagem de várias maneiras.
Mateus 6:28 E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; o pregador deve observar : Rios, pedras , árvores, animais, etc.
Através da oração;
Na letra de um hino;
Em obras literárias (religiosa ou não ).
2. PREPARAR A INTRODUÇÃO
É o início da pregação.
O ideal é que a introdução seja algo que prenda logo a atenção dos ouvintes, despertando-lhes o interesse para o restante da mensagem.
Pode até começar com uma ilustração, um relato interessante, porém sempre ligado ao tema do sermão.
Um outro recurso muito bom é começar com uma pergunta para o auditório, cuja resposta será dada pelo pregador durante a mensagem. Se for uma pergunta interessante, a atenção do povo esta garantida até o final do sermão.
A introdução produz a primeira impressão aos ouvintes e esta deve ser boa.
Não é aconselhável ultrapassar os cinco minutos.
Nunca ( em hipótese alguma ) dizer que não está preparado ou foi surpreendido.
3. ESCOLHA DO TEXTO
É imprescindível a escolha de um texto que se relacione com o tema do sermão porém adequado. Vejamos o tipo de textos que devemos evitar:
Textos longo Cansam os ouvintes. ( Salmo 119 )
Textos obscuro Causam polêmicas no auditório. ( I Cor. 11:10 Véu)
Textos difíceis Os ouvintes não entendem. ( Ef. 1:3 Predestinação )
Textos duvidosos " E Deus não ouve pecadores" ( João 9:31 )
Texto é importante porque ?
- O texto chama a atenção dos ouvintes.
- O texto desperta o interesse em conhecer a Palavra de Deus.
- O texto ajuda na exposição do sermão.
- O texto facilita ao ouvinte entender o assunto exposto.
Devemos escolher o texto em toda a Bíblia e não somente no Novo Testamento.
4. ESCOLHER O MÉTODO APROPRIADO
De posse do pensamento central e o texto escolhido, deve-se determinar o método a ser utilizado. Existem muitos textos e temas que permitem a escolha de qualquer um dos métodos, porém há temas que não permitem.
CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO
O sermão é classificado por duas formas, a saber : pelo assunto ou pelo método, podendo ser discursivo ou expositivo.
1. Pelo assunto
- Doutrinário. É aquele que expõe uma doutrina. ( Ensinamento )
- Histórico. É aquele que narra uma história.
- Ocasional. É aquele destinados a ocasiões especiais.
- Apologético. Tem a finalidade de fazer apologia. ( defender )
- Ético. É quando exalta a conduta e a vida moral e ética.
- Narrativo Quando narra um fato, um milagre.
- Controvérsia tem por finalidade atacar erros e heresias.
2. Pela método
- Topical ou Temático.
É aquele onde a divisão faz-se pelo tema. Todas as divisões devem derivar do tema.
A melhor forma é fazer perguntas ao tema escolhido, tais como: Por que? Como? Quando? O Que? Onde?
- Textual.
São aqueles onde a sua divisão encontra-se no próprio texto. É um método muito bom, pois oferece aos ouvintes a oportunidade de acompanhar, passo a passo a exposição do sermão.
- Expositivo.
Quando os textos são longos. Este pode expor uma história ou uma doutrina. ( Parábola, Milagre, Peregrinação, Pecado)
Em certo sentido todo sermão é expositivo, mas aqui indica a extensão do texto.
DIVISÃO DO SERMÃO
O Sermão deve possuir divisões, que permitem um bom aproveitamento do assunto que vai ser apresentado:
1. Introdução ( Exórdio )
Tem por finalidade chamar a atenção dos ouvintes para o assunto que vai ser apresentado e também para o pregador.
Tem que ser apropriado e deve estar relacionado com o tema, mas cuidado para não antecipar o sermão.
Neste momento o pregador vai se familiarizar com o auditório, cuidado especial teve ser tomado quanto ao entusiasmo, pois o povo pode ainda estar frio.
Deve ser breve, é muito importante pois é a primeira impressão produzida nos ouvintes. Pode conter : o anúncio do tema, texto a ser lido.
2. Texto
É trecho lido pelo orador, podendo ser um capítulo, uma história, uma frase ou até mesmo uma palavra.
Quando o texto é bem escolhido o pregador desperta nos ouvintes o desejo de conhecer mais a Palavra de Deus. Não devemos escolher textos proferidos por homens ímpios ou por Satanás. Escolha textos que tragam estímulo, lição etc. Evite textos que provoquem repugnância, gracejos ou que descrevem cenas da vida sexual.
3. O corpo
É a parte mais linda porque aqui se revela a Mensagem como Deus que dar.
É o mesmo que desenvolvimento do sermão.
O corpo é a seqüência das divisões do sermão e pode ter de 2 a 5 divisões (quanto mais divisões mais complexo ficará o sermão) e ainda conter subdivisões.
Deve chamar à consciência dos ouvinte para colocar em prática os argumentos expostos.
O pregador deve saber colocar em ordem as divisões ou seja os pontos que vão ser incluídos na mensagem; geralmente, convém ordenar os pontos a fim de que aumentem em força até terminar com o mais forte.
Esta é uma regra geral que pode ser aplicada a todos os pontos de ensinamento.
4. Conclusão
A conclusão é o fechamento do sermão e deve ser bem feita, um sermão com encerramento abrupto é desaconselhável.
A conclusão deve ser breve e objetiva. É um resumo do sermão, uma recapitulação e reafirmação dos argumentos apresentados.
Durante a conclusão pode efetuar um convite de acordo com a mensagem transmitida.
ILUSTRAÇÃO
A ilustração ajuda na exposição tornando claro e evidente as verdades da Palavra de Deus.
A ilustração atrai a atenção, quebrando assim a monotonia, e faz com que a mensagem seja gravada nos corações com mais facilidade.
As ilustrações também ajuda na ornamentação do sermão tornando-o mais atraente, porém o pregador deve ter o cuidado de não ficar o tempo todo contando "histórias".
Vamos comparar dois pregadores que estarão explicando o que é Ter fé.
Primeiro Pregador.
Ter fé é uma atitude da mente, da vontade, das emoções, em que todo o ser humano, conscientemente e inconscientemente, resolve comportar-se de acordo com certas verdades, percebidas primeiramente pela mente, depois sentidas...
Segundo Pregador.
Um homem está se afogando. Ele grita desesperadamente e de repente vê a bóia que alguém lhe jogou. Com toda a força a agarra. Imediatamente se apóia nela. Está salvo! Isso é Ter fé.
Existem basicamente dois tipos de ilustrações.
Comparação da verdade que se deseja ilustrar com outra coisa ou situação bem conhecida, que seja semelhante, ex. " Eu sou o pão da vida ".
Caso concreto da idéia geral que se quer ilustrar, ex. " Paciência de Jó ".
APLICAÇÃO
É a arte de persuadir e induzir os ouvintes a entender e colocar em prática em sua vida. Pode ser feita ao final de cada divisão ou de acordo com a oportunidade.
Deve ser dirigida a todos, com muito entusiasmo apelando à consciência e aos sentimentos dos ouvintes
ENTREGANDO O SERMÃO
Para os que não estão acostumados a pregar, um dos problemas mais críticos é o nervosismo, sentem-se amedrontados, começam a tremer e transpirar, pensam que não vão achar o que dizer, ou vão esquecer-se e etc.
Não são apenas os novatos que sentem medo, ainda existem muitos com experiência que se sentem assim.
Apresentaremos 3 passos importante que o pregador deve dar para amenizar o nervosismo durante a pregação:
1. Respirar forte e relaxar,
2. Orar e crer no Senhor,
3. Estudar bem a mensagem.
Existem pregadores que cansam os ouvintes, pelo tempo, pelo despreparo ou até pela imprudência.
Há também aqueles que se movimentam como fantoches ou ficam estáticos como múmias.
Se puder não ultrapasse aos 45 minutos, procure evitar ultrapassar os limites, observe o auditório, não julgue que todos estão gostando pois o "Amém, Amém" talvez seja para parar.
Procure olhar nos olhos das pessoas e nunca ficar olhando somente para uma única pessoa, nem mesmo para o relógio, parede, janelas, pés, teto ou ficar com os olhos fechados.
MÉTODO DE PREPARAR E PREGAR SERMÕES
Existem três métodos pelos quais os pregadores podem preparar e pregar:
1- Escrever e ler o sermão
Traz habilidade ao pregador em escrever, ter um estilo sempre correto, perfeito e atraente, visto que emprega as palavras com bastante cuidado e segurança.
Conserva melhor a unidade do sermão, evitando assim que o pregador vá para o púlpito nervoso e preocupado com vai falar.
Pode citar os textos bíblicos com bastante precisão, e gasta menos tempo em dizer o que tem a transmitir.
O pregador deve ter cuidado pois este método traz alguma desvantagem tais como:
Muito tempo para escrever, fica preso a leitura e pode perder o contato com os ouvintes, não é simpático ao povo e nem todo pregador sabe ler de maneira que impressione.
2- Escrever, decorar e recitar o sermão
Possui muitas vantagens como exposto no método anterior, tem mais vantagem porque exercita a desenvolver a memória, e deixa o pregador livre para gesticular, parece mais natural.
Cuidado deve ser tomado pois o pregador pode esquecer uma palavra ou frase, pondo assim em perigo todo o sermão é cair em descrédito.
3- Preparar um esboço e pregar
O pregador gasta menos tempo em preparar o sermão, habitua-se a desenvolver o pensamento e fica-se livre para gesticular.
O pregador fica livre para usar sua imaginação, criatividade e usar ilustrações que se lembrar no momento, também pode expandir seu temperamento emocional.
Este é o método mais utilizado na oratória.
Cuidados também devem ser tomados pois o pregador perde o hábito de escrever, pode se empolgar com a mensagem e esquecer o tema e o estilo não é tão apurado e elegante como os escrito.
ESTUDO BÍBLICO
Consistem os estudos bíblicos em escolher uma idéia central e depois, através da Bíblia, fazer um estudo das passagens que se relacionam com a idéia central. Para se conseguir isso, geralmente se necessita de uma concordância.
O segundo passo é escolher e determinar os pensamentos que vão ser usado como divisões do tema.
Depois escolher, dentre os muitos textos relacionados com o assunto, quais vão ser usados no desenvolvimento da exposição.
Geralmente se usa um ou dois textos, dos mais importantes e claros, no desenvolvimento de cada divisão.
Para desenvolver de maneira contínua a mensagem, e não ter que parar para procurar as passagens na Bíblia, convém copiá-las no esboço.
Essa forma de exposição tem muito valor, porque apresenta o ensinamento global da Bíblia referente a um assunto, e é fácil de se desenvolver.
PREPARANDO SERMÕES
1. Sermão Topical ou Temático.
Como já estudamos, o sermão Topical é aquele cuja as divisões e derivada do Tema. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento de um sermão Topical é a utilização das perguntas básicas ?
Porque ? Quando ? Como ? Onde? O que ?
Confissão
I João 1:9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
I - O que devemos confessar ?
A ) Nossos pecados
B ) O Nome de Jesus
C ) O poder de Deus
II - Como confessar ?
A ) Com sinceridade
B ) Com fé
III - Quando devemos confessar ?
A ) Agora mesmo
B ) Ao ouvir a Palavra de Deus
IV - Qual o resultado da confissão ?
A ) Paz
B ) Perdão
C ) Comunhão
Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .
Tema: O Cristo que não muda
Texto: Hebreus 13:8 Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
I - O que não muda em Cristo ?

II - Por que não há mudança em Cristo ?

Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos
Tema : O Cristo Maravilhosos
Texto : Isaias 9:6 E o seu nome será Maravilhos.
2. Sermão Textual
Como já estudamos, o sermão textual é aquele cuja as divisões e derivada do texto.
Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento é utilizar as divisões do próprio texto.
A entrada
João 10:9 Eu sou a porta, se alguém entrar por mim, salvar-se-á
I - Eu sou a porta.
A ) Da Salvação
B ) Da felicidade
C ) Estreita
II - Se alguém entrar por Mim
A ) Não há acepção de pessoas
B ) A única entrada
III - Salvar-se-á
A ) Uma decisão própria
B ) Da perdição eterna
Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .
A postura do cristão
Salmo 1:1 Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
I - Bem-aventurado

II - O varão que não anda segundo o conselho dos ímpios

III - Nem se detém no caminho dos pecadores

IV - Nem se assenta na roda dos escarnecedores

Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos
Tema : Olhar para Jesus
Texto: Hebreus 12:2 Olhando para Jesus, autor e consumador da fé...
3. Sermão Expositivo
Como já estudamos, o sermão expositivo é aquele cuja as divisões estão inseridas no fato narrado. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento de um sermão é a descrição do episódio.
O encontro com a vida
Lucas 7:11-17
I - A multidão que seguia a Jesus
A ) Pessoas desejosas
B ) Pessoas com esperanças
C ) Pessoas alegres
II - A multidão que seguia a viúva
A ) Pessoas entristecidas
B ) Pessoas sem esperanças
C ) Pessoas inconformadas
III - O encontro da vida com a morte
A ) A vida é uma autoridade
B ) A morte se curva ante a vida
IV - O resultado do encontro
A ) A ressurreição do jovem
B ) A alegria da multidão entristecida
C ) A edificação da multidão que seguia Jesus
D ) A conversão de muitos
Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .
A mulher Samaritana
Texto: João 4:1-42
I - O encontro com a mulher

II - O diálogo

III - O testemunho da mulher

IV - O resultado do testemunho

Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos
Tema : A cura de Naamã
Texto : II Reis 5:1-14

Bibliografia
Homilética Prática
Thomas Hawkins
Jurp
Esboços Bíblicos
Adelson D. Santos
Manual para Pregadores
Equipe Sean
Vida Nova
Manual da Escola Dominical
Antonio Gilberto
CPAD
Dicionário de Teologia
Vida Nova
Bíblia Sagrada
Várias versões
Apontamentos de Aula

Os dons do Espírito Santo



Texto base: I Co. 12.1ss

Introdução: Os dons do Espírito säo de suma importância para a igreja de nosso Senhor e Salvador Jesus, pois os mesmo tem como objetivo equipar a igreja do Mestre para a obra que lhe foi confiada.

1. Definindo o dom
A palavra dom provem da palavra grega CHARISMA, e significa um dom pela graça, um dom livre, gratificação divina, dote espiritual, capacidade milagrosa. Esta palavra e usada especialmente para designar os dons do Espírito. Cf. 1 Co. 12.4-10

2. Existe três tipos de dons
2.1. dons naturais
2.2. dons ministeriais – Ef. 4.11
2.3. dons espirituais – I Co. 12.1ss

2.3.1. existe o dom do Pai – é o Filho – Jô. 3.16
2.3.2. existe o dom do Filho – é o Espírito Santo – At. 2.1ss
2.3.3. existe o dom do Espírito Santo – são nove distribuídos a igreja de Cristo – I Co . 12.1-11

3. A finalidade dos dons

3.1. A edificação da igreja – Ef. 4.7-16; I Ped. 2.5; I Co. 2.9-12
3.2. A glorificação do nome de Jesus – I Co. 10.4
3.3. Adornar a igreja – Gn. 24.15-22
3.4. Equipar a igreja – Ef. 6.10ss

4. Impedimentos a manifestacao dos dons

4.1. Incredulidade – Ef. 2.8; Rm. 8.32; At. 2.17
4.2. Falta de interesse – II Tm. 1.6
4.3. Falta de temor, adoração e santidade – Pv. 8.13; Js. 3.5; At. 2.43

5. A utilidade dos dons

5.1. Útil para nos ensinar verdades espirituais
5.2. Útil para o incremento da evangelização
5.3. Útil para o crescimento da igreja

6. Teorias a respeito dos dons

6.1. Os dons são naturais
6.2. Os dons são totalmente sobrenaturais – essa teoria nega o envolvimento humano, afirmando que o Espírito ignora a mente do homem.
6.3. Os dons são encarnacionais – Isto e Deus opera através de seres humanos. O espírito capacita o crente a ministrar de modo sobrenatural acima de suas capacidade humanas.

7. Falsos conceitos em relação aos dons

7.1. Os dons nos são dados não para a nossa exaltação – Lc. 9.46
7.2. Os dons nos são dados não para demonstrar o nosso egoísmo – Lc. 9.49-50
7.3. Os dons nos são dados não para fazermos o que queremos – Lc. 9.52-54

8. A classificação geral dos dons

8.1. Dons de Revelação
• Palavra da sabedoria
• Palavra do conhecimento (ciência)
• Discernimento dos espíritos

8.2. Dons de Poder
• Dom da fé
• Dons de curar
• Dons de operação de milagres

8.3. Dons de Elocução
• Profecia
• Variedade de línguas
• Interpretação de línguas

9. Uma vista geral dos dons

9.1. Aqueles que concedem poder para saber sobrenaturamente – (dons de revelação) Mt. 13.11; I Co. 2.10
9.2. aqueles que concedem poder para agir sobrenaturalmente – (dons de poder)
At. 6.8; 19.11,12; II Co. 10.3-5
9.3. Aqueles que conceder poder para falar sobrenaturalmente – (dons de elocução)
At. 13.9-12; II Ped. 1.21

10. Dons de Revelação

10.1 – A palavra de Conhecimento

Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstancias ou de verdades bíblicas.- cf. At. 5.1-10; 10.47,48; 13.2; 15.7-11; II Rs 6.8-17; 8.7-15; Jô. 2.25; 1.46,47; 4.17,18; 11.4-11; Mt. 21.2; Lc. 22.8-13; 22.34; At. 27.10
• A palavra do conhecimento não e conhecimento natural
• A palavra do conhecimento não e um profundo conhecimento da Bíblia
• A palavra do conhecimento não e conhecer a Deus mediante comunhão com Ele.

10.2 – Manifestação do dom da palavra do conhecimento. No ministério de :
• Jesus – Jô. 2.25; 4.1ss; 11.4-11; Mt. 21.2
• Pedro – At. 10.9-19
• Ananias – At. 9.10ss
• Eliseu – II Rs. 5.21-24

10.2 A palavra de Sabedoria

Trata-se de uma enunciação do Espírito Santo aplicando a palavra de Deus, ou a sua sabedoria, a uma determinada situação – At. 6.3,10; 15.13-21; 27.10, 23-24.
Existem três tipos de sabedoria:
a) Satânica – Ez. 28.12-17; Tg. 3.14-16
b) Humana – Lc. 14.28-32
c) Divina – I Co. 2.6

A palavra da sabedoria no ministério de Jesus:
a) Em sua resposta ao homem avarento – Lc. 12.13ss
b) Nas respostas aos seus inimigos – Mt. 21.25; 22.21,32
c) Nos acusadores da mulher adultera – Jô. 8.1ss

10.3 O discernimento dos espíritos
a) Capacidade especial para julgasse profecias e enunciações proféticas, provem do Espírito de Deus.
b) Poder sobrenatural para detectar o domínio dos espíritos e suas atividades
c) Implica o poder do discernimento espiritual, revelação sobrenatural dos planos e propósitos do inimigo e suas forças.

10.4 O que não é discernimento dos espíritos
a) Não é habilidade para descobrir falha dos outros
b) Não é leitura de pensamentos
c) Não tem relação com a psicologia.
Vide I Jo.4.1-3; At.8.10-13; Lc.13.11-16; Mc.9.25; I Tm.4.1; Ap. 13.14; Jr. 23.21-26
Lc. 8.29; Mt. 24.24.

11. O s Dons de Poder

11.1. FÉ
Fé sobrenatural comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus, para a realização de milagres.

Existe 3 tipos de Fé:
1. Fé natural;
2. Fé salvadora;
3. Fé como um dom do Espírito.

As dimensões da Fé
• Sem fé – Hb. 11.6
• Fé crescente – 2 Ts. 1.3
• Fé pequena – Mt. 14.28-31
• Fé Grande – Mt. 15.21-28

Exemplos específicos:

• O centurião de cafarnaum – Mt. 8.5-13
• Um leproso – Lc. 17.11-19
• Dois cegos – Mt. 9.27-29
• O pai do jovem lunático – Lc. 9.36-50

11.2. Dons de Curar

Restauração da saúde de alguém, por meios sobrenaturais divinos. – cf. Mt. 4.23,24; Jô. 6.2; Lc. 4.40,41, At. 4.30; 5.15,16; 9.32-34.

11.3. Dom de Operação de Maravilhas
Poder divino sobrenatural para alterar o curso da natureza. Consiste de dois plurais: dunamis (façanhas de grande poder sobrenatural) e energema (resultados eficazes). Esse dom pode estar relacionado à proteção, provisão, expulsão de demönios, alteração de circunstancias ou juízo.

11.3.1 Exemplos específicos:
• No ministério de Paulo – At. 13.4-12; 19.11
• No ministério de Pedro – At. 9.36-43
• No ministério de Elias – I Rs. 17.8-16-24; II Rs. 1.9-15
• No ministério de Eliseu – II Rs. 4.38-41,42-44; 6.1-7
• No ministério de Moisés – Ex.15.23-25; Nm. 16.1-21-33
• No ministério de Jesus – Jô. 6.5-14; Lc. 8.22-25
• Vide outros exemplos: Js. 10.12-15; Is. 38.1-8; Ex. 13.17-22

12. Dons de Elocução

12.1. Dom de profecia

A palavra mais usada no sentido de profeta, na língua hebraica, inclui a idéia de: BORBULHAR de uma fonte d’água, TRANSBORDAR de um caldeirão fervendo, ALEGRAR-SE com uma visão, e também, DESCOBRIR A VERADE POR OBSERVAÇAO. Portanto um profeta é aquele que fala em nome de alguém, predizendo a maneira pela qual Deus vai agir no meio de seu povo.

12.1.1 A finalidade da profecia
a) Exortar;
b) Consolar;
c) edificar a igreja.

12.1.2. Existe três tipos de profetas
a) profeta do obvio;
b) profeta da confusão;
c) profeta de Deus.

12.1.3. Exemplos específicos do dom da profecia

a) Agabo profetizou uma grande fome – At. 11.28-30
b) Na igreja de Antioquia havia crentes com esse dom – At. 13.1-3
c) Na igreja de Corinto – I Co. 14.1ss

12.2. Dom de variedades de línguas

Variedade é o mesmo que diversidade(subdivisões, baseadas em ligeiras diferenças) obedecendo sempre um mesmo principio ou fonte. Um exemplo deste dom vemos em At. 2.7-12. Este dom deve ser acompanhado por interpretação de línguas – cf. I Co. !4.5,13,23.

12.3. O dom de interpretação de línguas

Devemos ter em conta que o DOM é sobrenatural e não pode ser interpretado pelo fato de alguém ter aprendido algum idioma humano. Aqui vemos em foco o que é sobrenatural e não o que é natural.

Conclusão: Que Deus nos ajude a manter sempre acessa a chama do Espírito, para que possamos sempre desejar os seus dons e abundar neles para a glória de Deus Pai. Meu amado irmão, busque os dons do Espírito, pois eles te capacitarão de uma maneira gloriosa para o trabalho do Mestre. Amém!

A Deus seja Glória !!!

PARA QUE SERVE O ESTUDO BÍBLICO?



Consistem os estudos bíblicos em escolher uma idéia central e depois, através da Bíblia, fazer um estudo das passagens que se relacionam com a idéia central. Para se conseguir isso, geralmente se necessita de uma concordância.

O segundo passo é escolher e determinar os pensamentos que vão ser usado como divisões do tema.

Depois escolher, dentre os muitos textos relacionados com o assunto, quais vão ser usados no desenvolvimento da exposição.

Geralmente se usa um ou dois textos, dos mais importantes e claros, no desenvolvimento de cada divisão.

Para desenvolver de maneira contínua a mensagem, e não ter que parar para procurar as passagens na Bíblia, convém copiá-las no esboço.

Essa forma de exposição tem muito valor, porque apresenta o ensinamento global da Bíblia referente a um assunto, e é fácil de se desenvolver.

A ILUSTRAÇÃO BIBLICA

A ilustração ajuda na exposição tornando claro e evidente as verdades da Palavra de Deus.

A ilustração atrai a atenção, quebrando assim a monotonia, e faz com que a mensagem seja gravada nos corações com mais facilidade.

As ilustrações também ajuda na ornamentação do sermão tornando-o mais atraente, porém o pregador deve ter o cuidado de não ficar o tempo todo contando "histórias".

Vamos comparar dois pregadores que estarão explicando o que é Ter fé.

Primeiro Pregador.

Ter fé é uma atitude da mente, da vontade, das emoções, em que todo o ser humano, conscientemente e inconscientemente, resolve comportar-se de acordo com certas verdades, percebidas primeiramente pela mente, depois sentidas...

Segundo Pregador.

Um homem está se afogando. Ele grita desesperadamente e de repente vê a bóia que alguém lhe jogou. Com toda a força a agarra. Imediatamente se apóia nela. Está salvo! Isso é Ter fé.

Existem basicamente dois tipos de ilustrações.

Comparação da verdade que se deseja ilustrar com outra coisa ou situação bem conhecida, que seja semelhante, ex. " Eu sou o pão da vida ".

Caso concreto da idéia geral que se quer ilustrar, ex. " Paciência de Jó ".

APLICAÇÃO

É a arte de persuadir e induzir os ouvintes a entender e colocar em prática em sua vida. Pode ser feita ao final de cada divisão ou de acordo com a oportunidade.

Deve ser dirigida a todos, com muito entusiasmo apelando à consciência e aos sentimentos dos ouvintes

ENTREGANDO O SERMÃO

Para os que não estão acostumados a pregar, um dos problemas mais críticos é o nervosismo, sentem-se amedrontados, começam a tremer e transpirar, pensam que não vão achar o que dizer, ou vão esquecer-se e etc.

Não são apenas os novatos que sentem medo, ainda existem muitos com experiência que se sentem assim.

Apresentaremos 3 passos importante que o pregador deve dar para amenizar o nervosismo durante a pregação:
1. Respirar forte e relaxar,

2. Orar e crer no Senhor,
3. Estudar bem a mensagem.

Existem pregadores que cansam os ouvintes, pelo tempo, pelo despreparo ou até pela imprudência.

Há também aqueles que se movimentam como fantoches ou ficam estáticos como múmias.

Se puder não ultrapasse aos 45 minutos, procure evitar ultrapassar os limites, observe o auditório, não julgue que todos estão gostando pois o "Amém, Amém" talvez seja para parar.

Procure olhar nos olhos das pessoas e nunca ficar olhando somente para uma única pessoa, nem mesmo para o relógio, parede, janelas, pés, teto ou ficar com os olhos fechados.

MÉTODO DE PREPARAR E PREGAR SERMÕES

Existem três métodos pelos quais os pregadores podem preparar e pregar:

1- Escrever e ler o sermão

Traz habilidade ao pregador em escrever, ter um estilo sempre correto, perfeito e atraente, visto que emprega as palavras com bastante cuidado e segurança.

Conserva melhor a unidade do sermão, evitando assim que o pregador vá para o púlpito nervoso e preocupado com vai falar.

Pode citar os textos bíblicos com bastante precisão, e gasta menos tempo em dizer o que tem a transmitir.

O pregador deve ter cuidado pois este método traz alguma desvantagem tais como:

Muito tempo para escrever, fica preso a leitura e pode perder o contato com os ouvintes, não é simpático ao povo e nem todo pregador sabe ler de maneira que impressione.

2- Escrever, decorar e recitar o sermão

Possui muitas vantagens como exposto no método anterior, tem mais vantagem porque exercita a desenvolver a memória, e deixa o pregador livre para gesticular, parece mais natural.

Cuidado deve ser tomado pois o pregador pode esquecer uma palavra ou frase, pondo assim em perigo todo o sermão é cair em descrédito.

3- Preparar um esboço e pregar

O pregador gasta menos tempo em preparar o sermão, habitua-se a desenvolver o pensamento e fica-se livre para gesticular.

O pregador fica livre para usar sua imaginação, criatividade e usar ilustrações que se lembrar no momento, também pode expandir seu temperamento emocional.

Este é o método mais utilizado na oratória.

Cuidados também devem ser tomados pois o pregador perde o hábito de escrever, pode se empolgar com a mensagem e esquecer o tema e o estilo não é tão apurado e elegante como os escrito.

PREPARANDO SERMÕES!

1. Sermão Topical ou Temático.

Como já estudamos, o sermão Topical é aquele cuja as divisões e derivada do Tema. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento de um sermão Topical é a utilização das perguntas básicas ?

Porque ? Quando ? Como ? Onde? O que ?

Confissão

I João 1:9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

I - O que devemos confessar ?

A ) Nossos pecados

B ) O Nome de Jesus

C ) O poder de Deus

II - Como confessar ?

A ) Com sinceridade

B ) Com fé

III - Quando devemos confessar ?

A ) Agora mesmo

B ) Ao ouvir a Palavra de Deus

IV - Qual o resultado da confissão ?

A ) Paz

B ) Perdão

C ) Comunhão

Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .

Tema: O Cristo que não muda

Texto: Hebreus 13:8 Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente.

I - O que não muda em Cristo ?
II - Por que não há mudança em Cristo ?
Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos

Tema : O Cristo Maravilhosos

Texto : Isaias 9:6 E o seu nome será Maravilhos.

2. Sermão Textual

Como já estudamos, o sermão textual é aquele cuja as divisões e derivada do texto.

Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento é utilizar as divisões do próprio texto.

A entrada

João 10:9 Eu sou a porta, se alguém entrar por mim, salvar-se-á

I - Eu sou a porta.

A ) Da Salvação

B ) Da felicidade

C ) Estreita

II - Se alguém entrar por Mim

A ) Não há acepção de pessoas

B ) A única entrada

III - Salvar-se-á

A ) Uma decisão própria

B ) Da perdição eterna

Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .

A postura do cristão

Salmo 1:1 Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.

I - Bem-aventurado
II - O varão que não anda segundo o conselho dos ímpios
III - Nem se detém no caminho dos pecadores
IV - Nem se assenta na roda dos escarnecedores
Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos

Tema : Olhar para Jesus

Texto: Hebreus 12:2 Olhando para Jesus, autor e consumador da fé...

3. Sermão Expositivo

Como já estudamos, o sermão expositivo é aquele cuja as divisões estão inseridas no fato narrado. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento de um sermão é a descrição do episódio.

O encontro com a vida

Lucas 7:11-17

I - A multidão que seguia a Jesus

A ) Pessoas desejosas

B ) Pessoas com esperanças

C ) Pessoas alegres

II - A multidão que seguia a viúva

A ) Pessoas entristecidas

B ) Pessoas sem esperanças

C ) Pessoas inconformadas

III - O encontro da vida com a morte

A ) A vida é uma autoridade

B ) A morte se curva ante a vida

IV - O resultado do encontro

A ) A ressurreição do jovem

B ) A alegria da multidão entristecida

C ) A edificação da multidão que seguia Jesus

D ) A conversão de muitos

Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .

A mulher Samaritana

Texto: João 4:1-42

I - O encontro com a mulher
II - O diálogo
III - O testemunho da mulher
IV - O resultado do testemunho
Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos

Tema : A cura de Naamã

Texto : II Reis 5:1-14

Bibliografia

Homilética Prática

Thomas Hawkins

Jurp

Esboços Bíblicos

Adelson D. Santos

Manual para Pregadores

Equipe Sean

Vida Nova

Manual da Escola Dominical

Antonio Gilberto

CPAD

Dicionário de Teologia

Vida Nova

Bíblia Sagrada

Várias versões

Apontamentos de Aula.

COMO PREPARAR UM SERMÃO

1. DESCOBRIR O PENSAMENTO CENTRAL

O pensamento central é a mensagem, ou seja, é o Tema. Sempre procurar definir o tema no sentido positivo. Será que existe Deus ? é um tema indesejado pois suscitam mais dúvida do que fé. Como ser curado ? é um tema sugestivo pois fortifica a fé.

Em alguns casos o pregador fala o título (Tema ) da pregação outras vezes não é necessário porém no esboço é aconselhável colocar.

O orador deve ser um homem de Deus e que possui a mensagem de Deus e esta deve ter com fonte as Sagradas Escrituras.

O Título pode ser:

Imperativo Quando sugere uma ordem. ( Ide Marcos 16:15 )

Interrogativo Quando sugere uma pergunta. (Que farei de Jesus? Mt.27:22)

Enfático Quando é reduzido. ( Amor, Fé )

A mensagem pode Ter várias origens :

Através da leitura da Bíblia.

A Bíblia contém argumentos, respostas, exemplos, e ensinamentos para todos os seres humanos.

Cristo usou a Palavra de Deus ( Bíblia ) para combater a Satanás. A Palavra de Deus é a primeira fonte do pregador. Como fonte de inspiração para nossos sermões devemos observar os recursos internos e os externos.

As literaturas religiosas e não religiosas.

Todas as literaturas podem ser fontes de inspiração para o pregador desde que esteja sob a orientação do Espírito Santo.

As fontes podem ser: jornais, revistas etc. Os livros religiosos são boas fontes de inspiração pois constitui também na Palavra de Deus.

Em uma observação.

É uma rica fonte de inspiração, desde que o pregador esteja atento, pois Deus pode transmitir uma mensagem de várias maneiras.

Mateus 6:28 E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; o pregador deve observar : Rios, pedras , árvores, animais, etc.

Através da oração;

Na letra de um hino;

Em obras literárias (religiosa ou não ).

2. PREPARAR A INTRODUÇÃO

É o início da pregação.

O ideal é que a introdução seja algo que prenda logo a atenção dos ouvintes, despertando-lhes o interesse para o restante da mensagem.

Pode até começar com uma ilustração, um relato interessante, porém sempre ligado ao tema do sermão.

Um outro recurso muito bom é começar com uma pergunta para o auditório, cuja resposta será dada pelo pregador durante a mensagem. Se for uma pergunta interessante, a atenção do povo esta garantida até o final do sermão.

A introdução produz a primeira impressão aos ouvintes e esta deve ser boa.

Não é aconselhável ultrapassar os cinco minutos.

Nunca ( em hipótese alguma ) dizer que não está preparado ou foi surpreendido.

3. ESCOLHA DO TEXTO

É imprescindível a escolha de um texto que se relacione com o tema do sermão porém adequado. Vejamos o tipo de textos que devemos evitar:

Textos longo Cansam os ouvintes. ( Salmo 119 )

Textos obscuro Causam polêmicas no auditório. ( I Cor. 11:10 Véu)

Textos difíceis Os ouvintes não entendem. ( Ef. 1:3 Predestinação )

Textos duvidosos " E Deus não ouve pecadores" ( João 9:31 )

Texto é importante porque ?

- O texto chama a atenção dos ouvintes.

- O texto desperta o interesse em conhecer a Palavra de Deus.

- O texto ajuda na exposição do sermão.

- O texto facilita ao ouvinte entender o assunto exposto.

Devemos escolher o texto em toda a Bíblia e não somente no Novo Testamento.

4. ESCOLHER O MÉTODO APROPRIADO

De posse do pensamento central e o texto escolhido, deve-se determinar o método a ser utilizado. Existem muitos textos e temas que permitem a escolha de qualquer um dos métodos, porém há temas que não permitem.

CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO

O sermão é classificado por duas formas, a saber : pelo assunto ou pelo método, podendo ser discursivo ou expositivo.

1. Pelo assunto

- Doutrinário. É aquele que expõe uma doutrina. ( Ensinamento )

- Histórico. É aquele que narra uma história.

- Ocasional. É aquele destinados a ocasiões especiais.

- Apologético. Tem a finalidade de fazer apologia. ( defender )

- Ético. É quando exalta a conduta e a vida moral e ética.

- Narrativo Quando narra um fato, um milagre.

- Controvérsia tem por finalidade atacar erros e heresias.

2. Pela método

- Topical ou Temático.

É aquele onde a divisão faz-se pelo tema. Todas as divisões devem derivar do tema.

A melhor forma é fazer perguntas ao tema escolhido, tais como: Por que? Como? Quando? O Que? Onde?

- Textual.

São aqueles onde a sua divisão encontra-se no próprio texto. É um método muito bom, pois oferece aos ouvintes a oportunidade de acompanhar, passo a passo a exposição do sermão.

- Expositivo.

Quando os textos são longos. Este pode expor uma história ou uma doutrina. ( Parábola, Milagre, Peregrinação, Pecado)

Em certo sentido todo sermão é expositivo, mas aqui indica a extensão do texto.

DIVISÃO DO SERMÃO

O Sermão deve possuir divisões, que permitem um bom aproveitamento do assunto que vai ser apresentado:

1. Introdução ( Exórdio )

Tem por finalidade chamar a atenção dos ouvintes para o assunto que vai ser apresentado e também para o pregador.

Tem que ser apropriado e deve estar relacionado com o tema, mas cuidado para não antecipar o sermão.

Neste momento o pregador vai se familiarizar com o auditório, cuidado especial teve ser tomado quanto ao entusiasmo, pois o povo pode ainda estar frio.

Deve ser breve, é muito importante pois é a primeira impressão produzida nos ouvintes. Pode conter : o anúncio do tema, texto a ser lido.

2. Texto

É trecho lido pelo orador, podendo ser um capítulo, uma história, uma frase ou até mesmo uma palavra.

Quando o texto é bem escolhido o pregador desperta nos ouvintes o desejo de conhecer mais a Palavra de Deus. Não devemos escolher textos proferidos por homens ímpios ou por Satanás. Escolha textos que tragam estímulo, lição etc. Evite textos que provoquem repugnância, gracejos ou que descrevem cenas da vida sexual.

3. O corpo

É a parte mais linda porque aqui se revela a Mensagem como Deus que dar.

É o mesmo que desenvolvimento do sermão.

O corpo é a seqüência das divisões do sermão e pode ter de 2 a 5 divisões (quanto mais divisões mais complexo ficará o sermão) e ainda conter subdivisões.

Deve chamar à consciência dos ouvinte para colocar em prática os argumentos expostos.

O pregador deve saber colocar em ordem as divisões ou seja os pontos que vão ser incluídos na mensagem; geralmente, convém ordenar os pontos a fim de que aumentem em força até terminar com o mais forte.

Esta é uma regra geral que pode ser aplicada a todos os pontos de ensinamento.

4. Conclusão

A conclusão é o fechamento do sermão e deve ser bem feita, um sermão com encerramento abrupto é desaconselhável.

A conclusão deve ser breve e objetiva. É um resumo do sermão, uma recapitulação e reafirmação dos argumentos apresentados.

Durante a conclusão pode efetuar um convite de acordo com a mensagem transmitida.

DISCIPULADO, A MISSÃO EDUCADORA DA IGREJA



O aperfeiçoamento dos santos é uma das tarefas indispensáveis da Igreja.

INTRODUÇÃO

- Além de evangelizar, a Igreja tem outra tarefa fundamental: a de aperfeiçoar os santos, a de promover o ensino da sã doutrina a tantos quantos chegam aos pés do Senhor.

- Jesus foi bem claro ao determinar que, além de pregar o Evangelho a toda a criatura, a Igreja também “fizesse discípulos”, ou seja, “ensinasse as nações” (Mt.28:18,19).

I – A TAREFA DA IGREJA DE ENSINAR AS NAÇÕES

- Continuando o estudo das atividades que deve ter a Igreja sobre a face da Terra, analisaremos, desta feita, a chamada “missão educadora” da Igreja que é, ao lado da evangelização, um dos dois pilares fundamentais da Igreja.

- A tarefa da evangelização, que foi analisada na lição anterior, está posta ao lado de uma outra atividade, a saber: o ensino. Ao Se dirigir aos Seus discípulos, o Senhor Jesus disse que eles deveriam ir e “ensinar todas as nações”, expressão esta que, em algumas versões, é traduzida por “fazei discípulos” ou “façam discípulos” (como na NVI), que é, mesmo, a tradução mais adequada para o verbo grego “matheteusate” (μαθητεύσατε), que se encontra no original.

- Não basta, portanto, que a Igreja pregue o Evangelho, ou seja, proclame a Palavra de Deus, mas é preciso, também, que a Igreja “ensine as nações”, “faça discípulos”, cuidado este que era patente nos tempos apostólicos, a ponto de os apóstolos terem chamado para si esta tarefa, considerando, inclusive, não ser razoável deixar de se dedicar à oração e ao ensino da Palavra (At.6:2,4), sem falar no zelo de Barnabé com relação à primeira igreja gentílica, a de Antioquia (At.11:25,26) e dos conselhos que Paulo dá a Timóteo no sentido de jamais se descuidar com o ensino junto aos crentes (I Tm.4:12-16).

- Criada para ser a agência do reino de Deus aqui na Terra, a Igreja, ao mesmo tempo em que, para os que se encontram fora do reino de Deus, precisa ser a anunciadora da salvação, pregando o Evangelho, deve, para os que já viram e entraram no reino de Deus (Jo.3:3,5), ser a instruidora, aquela que ensina a Palavra de Deus aos que se converteram, a fim de que possam eles crescer espiritualmente e alcançar a unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo (Ef.4:13).

- Não se pode ter igreja sem que se tenham “discípulos”, ou seja, sem que se tenham “aprendizes”, “alunos” do Senhor Jesus. O próprio Jesus deu prova disso ao escolher discípulos e treiná-los durante todo o Seu ministério terreno. O ministério de Jesus é o exemplo para a Igreja, que é o Seu corpo: Ele pregou o evangelho às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt.10:6;15:24), como também preparou homens e mulheres que pudessem prosseguir a Sua obra (Mt.11:1). Se Seu ministério se resumisse tão somente na pregação, ante a rejeição de Israel (Jo.1:11), teria havido um fracasso. Entretanto, o Senhor formou um grupo de discípulos que, revestidos de poder, seriam Suas testemunhas até os confins da terra (At.1:8).

- A pregação do Evangelho é o anúncio das boas-novas de salvação, é levar a mensagem que Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e leva para o céu, mensagem esta que, pregada pela Igreja, é misturada com a fé salvadora pelo Espírito Santo (Hb.4:2), que convence o pecador do pecado, da justiça e do juízo (Jo.16:8), levando-o ao arrependimento. Segue-se, então, o perdão dos pecados, a conversão, a justificação, a adoção como filho de Deus e a santificação posicional. Aquele que crê em Jesus como seu único e suficiente Salvador nasce de novo, da água e do Espírito, passa a pertencer à Igreja, passa a ser um filho de Deus.

- Entretanto, assim como ocorre na vida física, também na vida espiritual temos que aquele que acabou de nascer, ou seja, o “neonato” (ou recém-nascido), é alguém que não tem condições de, imediatamente, andar por si só, viver por conta própria, caminhar com suas próprias forças até o dia em que se encontrará com o Senhor nos ares. A vida espiritual, ensinam-nos as Escrituras, é um combate diuturno contra o mal e o pecado, uma luta sem tréguas, em que “remamos contra a maré”, contra o curso deste mundo (Ef.2:2).

- Quando alguém se converte a Cristo e nasce de novo, é um recém-nascido, é uma pessoa que não tem conhecimento algum a respeito das coisas de Deus, a respeito da vida com o Senhor Jesus. Embora tenha recebido uma nova natureza, embora seu espírito tenha se ligado novamente a Deus, ante a remoção dos pecados, é um ser humano e, como tal, precisa ser ensinado a respeito do Senhor, ensino este que deve ser proporcionado pela Igreja, que é a quem o Senhor cometeu esta tarefa sobre a face da Terra. Jesus é quem salva, mas é a Igreja quem deve “fazer discípulos”, quem deve “ensinar”.

- Esta realidade espiritual notamos em diversas passagens do ministério terreno de Jesus. Quando o Senhor chamou os Seus primeiros discípulos, ao chamá-los, disse que os faria “pescadores de homens” (Mt.4:19; Mc.1:17), ou seja, embora eles tivessem deixado tudo para servir a Jesus, ainda não eram “pescadores de homens”, algo que deveria ser aprendido, que demandaria tempo e esforço tanto por parte do Senhor, quanto dos Seus “discípulos”.

- Aliás, o fato de os seguidores de Jesus serem chamados de “discípulos” é mais um fator para nos demonstrar que o crescimento espiritual não é imediato e exige o ensino da doutrina. “Discípulo” significa “aluno”, “aquele que aprende”. Jesus, a exemplo dos mestres judeus do seu tempo (os chamados “rabis”, hoje denominados de “rabinos”), era seguido pelos seus “alunos”, ou seja, por aqueles que queriam aprender as lições do mestre, por aqueles que esperavam aprender do mestre o conteúdo das Escrituras. João tinha os seus discípulos (Mt.9:14), assim como Jesus. Estes “discípulos” eram pessoas que, fundamentalmente, queria aprender com Jesus, tinham interesse em tomar conhecimento daquilo que Jesus lhes queria transmitir e, por causa deste interesse, recebiam a revelação daquilo que estava oculto às demais pessoas (Mt.13:10,11).

- Ser “discípulo” de Jesus é querer aprender de Jesus e o próprio Jesus enfatizou que é necessário que aprendamos dEle se quisermos encontrar descanso para as nossas almas (Mt.11:29). Somente sendo “discípulo”, ou seja, querendo aprender a respeito de Jesus, que nada mais é que aprender a respeito das Escrituras (Mt.22:29; Jo.5:39), é que teremos acesso à verdade e, por isso, seremos santificados (Jo.17:17), daremos fruto a ponto de sermos reconhecidos como filhos de Deus (At.11:26) e, por causa disto, desfrutaremos da vida eterna com o Senhor (Mt.13:23,43).

- O salvo é nascido da água e do Espírito, ou seja, é gerado de novo por causa da Palavra de Deus, a que ele deu crédito e que proporcionou a regeneração (Ef.5:23; Tt.3:5), mas é indispensável que, além de termos nascido, nós, também, tenhamos crescimento espiritual, crescimento este que se dá somente pela graça e pelo conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Ef.4:15,16; II Pe.3:18).

- Para que haja crescimento espiritual, portanto, é necessário que a Igreja ensine os crentes a ter uma vida espiritual, que ensinem aos crentes o que é viver com Cristo, o que é andar segundo o espírito, o que é ser um verdadeiro, genuíno e autêntico discípulo de Jesus. Quem deve ensinar tais coisas ao que aceitou a Cristo é a Igreja, pois para isto é que o Senhor edificou a Sua Igreja. Como já temos estudado neste trimestre, não é possível para o homem, criado como um ser social, que viva sozinho e sozinho sirva ao Senhor. Assim, como a vida espiritual deve ser feita na igreja, em grupo, assim também é a este grupo, à Igreja que cabe a responsabilidade de ensinar os salvos, de “fazer discípulos”.

- Quando uma pessoa nasce de novo, encontra-se na mesma posição de Lázaro ressuscitado. Jesus, depois de quatro dias, quando o corpo de Lázaro já estava em decomposição, mostrou o Seu poder sobre a morte, fazendo-o ressurgir dos mortos. Milagrosamente, Lázaro saiu da sepultura com vida. Entretanto, é interessante notar que Lázaro foi para fora da sepultura, mas se encontrava ainda todo enfaixado, conforme os costumes judaicos de preparação do cadáver. Jesus não determinou que Lázaro fosse daquele jeito para casa nem tampouco Se incumbiu de desligar o ex-defunto. Mandou que aquelas pessoas que estavam ali vendo o milagre tratassem de tirar as faixas de Lázaro, de modo que ele próprio (Lázaro) fosse para a sua casa (Jo.11:44). Assim ocorre com o novo convertido: só Jesus poderia trazê-lo à vida, ou seja, salvá-lo; mas cabe a nós que estamos com Jesus neste mundo tomar as providências necessárias para que o novo crente se desligue de tudo aquilo que estava relacionado com a vida sem Cristo, ou seja, com a morte espiritual, para que ele, individualmente, siga em direção à sua casa, onde já o aguarda o Salvador. Aleluia!

- A Igreja, portanto, tem uma função importantíssima e indelegável: o de ensinar as pessoas a servir a Cristo, a caminhar com o Senhor. Para que a pessoa aprenda a servir ao Senhor, é preciso que conheça as Escrituras, pois são elas que testificam de Cristo (Jo.5:39). Para que a pessoa aprenda a servir ao Senhor, é necessário que não erre e somente não erraremos se conhecermos a Palavra do Senhor (Mt.22:219; Mc.12:24). Por isso, a tarefa de ensino da Igreja é a do ensino da Palavra de Deus, do ensino das Escrituras.

- A Igreja que não ensinar a Palavra de Deus aos seus integrantes, a começar dos novos convertidos, não estará cumprindo a sua tarefa sobre a face da Terra. Não basta pregar o Evangelho, mas é necessário que, uma vez as pessoas se decidindo por Cristo, sejam elas devidamente ensinadas na Palavra do Senhor, tenham conhecimento das Escrituras, sem o que não se tornarão discípulos de Jesus e quem não for discípulo de Jesus não entrará no céu, pois só aqueles que assim se comportarem poderão dar fruto e, portanto, ser considerados como justos e resplandecerem no reino do Senhor, como o Senhor deixou claro na interpretação que deu da parábola do joio e do trigo.

II – O QUE É DISCIPULADO

- A Igreja tem a missão de ensinar a Palavra de Deus aos servos do Senhor. Este ensino é uma de suas tarefas principais, que entendemos seja de igual importância que a tarefa de evangelização, até porque é complemento necessário e indispensável da evangelização. Como vimos na lição anterior, não se evangeliza enquanto não se dá condições para que o novo convertido possa, com suas próprias forças, servir a Cristo, tenha condições de, por si só, dar testemunho consciente a respeito do que é ser cristão. Assim, a evangelização, a proclamação do Evangelho envolve algo mais do que simplesmente anunciar as boas-novas de salvação, mas também, a concessão do fundamento doutrinário básico capaz de tornar a pessoa consciente do que representa ser um cristão. Por causa disto, a evangelização já traz em si um discipulado, ou seja, um aprendizado, pois “discipulado” nada mais é que “aprendizado”. No sentido cristão, como nos diz o ilustre comentarista, “é o trabalho cristão efetuado pelos membros da igreja, a fim de fazer dos novos crentes, autênticos cristãos, cujas vidas se assemelham em palavras e obras do ideal apresentado pelo Senhor Jesus Cristo”.

- O discipulado nada mais é que ensinar a Palavra de Deus aos novos convertidos, àqueles que aceitaram a Cristo como seu único e suficiente Senhor e Salvador de suas vidas e fazer com que eles, que foram escolhidos por Deus, possam viver de tal maneira que dêem o fruto do Espírito, ou seja, tenham um novo caráter, uma nova maneira de viver que leve as pessoas a glorificar ao nosso Pai que está nos céus, ou seja, vivam de tal maneira que suas ações os transformem em testemunhas de Jesus, em prova de que Jesus salva e, por isso, outras pessoas reconheçam o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, ou seja, o Evangelho (Rm.1:16).

- Foi exatamente isto que Barnabé e Paulo fizeram na igreja de Antioquia, a primeira igreja formada por gentios na história da Cristandade. Como estes crentes não partilhavam das promessas de Deus, como os judeus (Rm.9:4,5), havia necessidade de instruí-los nas Escrituras, para que aprendessem o que é servir a Deus. Tinham, sim, se convertido ao Senhor, como pudera ser atestado por Barnabé, que percebeu terem eles, realmente, nascido de novo, terem sido alcançados pela graça de Deus e terem o propósito do coração de permanecer no Senhor (At.11:23). Mas isto era insuficiente para que pudessem transformar o propósito em realidade.

- Como Jesus ensina na parábola do semeador(Mt.13:3-8), é preciso que a semente germine e cresça em boa terra para que frutifique. Para que a terra seja boa, é necessário que o terreno seja devidamente preparado, adubado e tornado adequado para o crescimento exitoso. Esta preparação do terreno nada mais é que o ensino da Palavra, que é tarefa da Igreja. Por isso que Paulo diz que cabia a ele e a Apolo a plantação e o regar, sendo de Deus, porém, o crescimento (I Co.3:6-9).

- Por isso, Barnabé, ao verificar que havia conversão autêntica, tratou de buscar a Paulo e, durante todo um ano, houve o discipulado, ou seja, o ensino da Palavra àqueles novos crentes. O resultado daquele ano de ensino não poderia ser melhor: os novos convertidos passaram a ter uma vida muito semelhante a de Jesus, passaram a ser diferentes dos demais moradores de Antioquia, passaram a ser provas vivas da transformação que o Evangelho produz nas pessoas. Após terem sido ensinados na Palavra e terem mudado de vida, os moradores de Antioquia passaram a notar a diferença e, cumprindo o que disse Jesus a respeito do efeito das boas obras dos Seus discípulos, passaram a chamar os discípulos de “cristãos”, isto é, “parecidos com Cristo”, “semelhantes a Cristo” (At.11:26). Eram os homens glorificando ao Pai que está nos céus (Mt.5:16). Era o resultado do ensino da Palavra.

- Discipulado, portanto, é esta tarefa de ensinar a Palavra de Deus aos salvos, a fim de que eles se pareçam cada vez mais com o Senhor Jesus, para que eles se tornem cada dia mais parecidos com Jesus. O objetivo do ensino das Escrituras não é formar “doutores em Divindade” nem tampouco “Ph.Ds em teologia”, mas, sim, fazer surgir homens e mulheres que, com suas vidas, mostrem que Jesus as transformou e que estão caminhando para o céu, desde já tendo uma vida de santidade e de pureza, pessoas que são testemunhas de Jesus, provas vivas de que Jesus realmente salva o homem e o faz, novamente, imagem e semelhança de Deus. O objetivo do ensino da Palavra de Deus, do discipulado na Igreja, portanto, é “formar Cristo em nós” (Gl.4:9), é refletirmos como espelho a glória de Deus (Ii Co.3:18).

OBS:Ph.D significa “Philosophy Doctor”, ou seja, doutor em filosofia, que é o título comumente dado nos países de língua inglesa a quem defende tese acadêmica de doutorado.

- Embora muitos considerem que o “discipulado” seja uma tarefa destinada somente aos novos convertidos, ou seja, um período de ensino da Palavra de Deus até o batismo nas águas, temos que a realidade bíblica é bem diferente. Não resta dúvida de que é necessário um discipulado específico para o novo convertido, como, aliás, vimos no episódio da igreja em Antioquia. Assim como o recém-nascido tem de ser objeto de um cuidado específico e diferenciado na vida física, também na vida espiritual o novo convertido deve ser objeto de um cuidado especial, devendo existir, em toda igreja local, um segmento que cuide especificamente dos novos convertidos, de modo a acompanhá-los na sua nova vida com Cristo, orientando-os e os socializando, de modo a que possam ser integrados na igreja local como novos membros do corpo de Cristo.

- Entretanto, o discipulado não se encerra com o batismo nas águas do novo convertido que, tendo dado frutos dignos de arrependimento, desce às águas e é inserido na igreja local. O discipulado, tendo como finalidade o de nos fazer cada vez mais parecidos com o Senhor Jesus, é uma tarefa incessante, que não tem fim.

- Quando vemos que Cristo constituiu os dons ministeriais na Igreja a fim de aperfeiçoar os santos, vemos que a tarefa do discipulado é uma tarefa que não tem término na vida de cada igreja local. Discipular é ensinar a Palavra, é aperfeiçoar os santos. Assim, somente pode ser considerada encerrada quando alguém tiver atingido a perfeição, pois só alguém perfeito não necessita ser aperfeiçoado. Tanto assim é que o apóstolo Paulo afirma que os dons ministeriais devem ser exercidos até que cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo (Ef.4:13).

- Quem, porventura, chegou a este estágio durante os quase dois mil anos de Igreja? Alguém já chegou à estatura completa de Cristo? Alguém já atingiu a perfeição? Evidentemente que não! Se formos para a história dos grandes homens de Deus, sem dúvida que diríamos que, nos tempos apostólicos, o apóstolo Paulo se encontrava entre aqueles que poderiam ter chegado a este nível. No entanto, o próprio Paulo afirmou que não havia chegado a tal condição (Fp.3:12), sendo, neste passo, seguido por Pedro (II Pe.3:15,16) e João (Jo.20:30,31; 21:24,25). Se estes homens, que conviveram ou tiveram uma revelação especial de Jesus, não chegaram a esta estatura, quem somos nós para dizer que o fizemos? Por isso, indubitavelmente, o discipulado é uma tarefa que nunca há de terminar na Igreja, visto que seu alvo é inatingível. Podemos, mesmo, afirmar que, ao dizer que o objetivo do discipulado é nos levar à estatura completa de Cristo, estamos aqui diante de uma expressão bíblica cujo significado é um só: “devemos aprender sempre”.

OBS: Neste sentido, aliás, devemos aqui corroborar os ensinos judaicos a respeito. Os rabinos judeus deixaram registrado no Talmude, o segundo livro sagrado do judaísmo, que a pessoa deve estudar a Torah até a morte, porque o homem é dado a esquecer e, portanto, se deixar de estudar, poderá esquecer e se perder.

III – COMO FAZER O DISCIPULADO

- Tendo visto que é uma tarefa fundamental e ininterrupta da Igreja o discipulado, o ensino da Palavra de Deus, tem-se a inevitável pergunta: como deve a Igreja discipular? Como deve cumprir esta ordem de Jesus?

- Por primeiro, lembremos que se trata de uma ordem de Jesus. Quando o Senhor mandou que “fizéssemos discípulos”, que “ensinássemos as nações”, estamos diante de uma ordem, como, aliás, vimos na lição anterior, pois a passagem é a mesma que diz respeito ao batismo nas águas. Se entendemos que se trata de ordenança o batismo, não se vê tanta consciência no que concerne ao ensino da Palavra nestes nossos dias tão difíceis…

- O ensino da Palavra de Deus, portanto, é uma necessidade, necessidade esta de que deve a igreja local estar sempre consciente, assim como a de evangelizar. Entretanto, é com tristeza que vemos que, assim como a Igreja está dispersa com respeito à evangelização, como vimos na lição anterior, também o está, e até com maior intensidade ainda, com respeito ao ensino da Palavra de Deus.

- Para cumprir a tarefa do ensino da Palavra, é preciso, em primeiro lugar, que a Igreja se veja dotada de homens e mulheres preparados para ensinar. Ainda nos reportando ao episódio da igreja de Antioquia, Barnabé, ao notar a salvação daqueles crentes, imediatamente viajou para Tarso, para trazer a Paulo, pessoa que ele sabia ser preparada e capaz de ensinar aqueles novos convertidos.

- Um dos grandes problemas que temos visto nas igrejas locais da atualidade é o despreparo das pessoas para ensinarem a Palavra de Deus. Quando falamos em preparo, não estamos nos referindo a escolaridade ou a conhecimento secular de alguém, mas, sobretudo, a seu conhecimento bíblico, a sua capacidade de manejar bem a Palavra da Verdade (I Tm.2:15).

- Num processo que muito tem nos preocupado, temos visto que, à medida que a escolaridade nas igrejas evangélicas tem subido (e até mais do que na média nacional brasileira, porque, afinal de contas, o Senhor é o mesmo Deus de Salomão, que continua a dar sabedoria e erudição aos Seus filhos), o conhecimento bíblico tem decrescido. Não temos medo de errar ao dizer que, se, há décadas passadas, grande parte dos obreiros das Assembléias de Deus era composta de pessoas iletradas, semi-alfabetizados, mas que tinham profundo conhecimento bíblico, hoje em dia estamos repletos de obreiros dotados de diplomas universitários, mas que, biblicamente, são completamente analfabetos. O que é isto? É falta de discipulado!

- As atividades de ensino são, quase sempre, as mais desprezadas nas igrejas locais na atualidade. A freqüência média das Escolas Bíblicas Dominicais, em nossa denominação, segundo pesquisa de dois anos atrás, é de 10%(dez por cento) dos membros da Igreja, ou seja, apenas o dízimo tem ânimo e interesse em estudar a Palavra de Deus em nossas igrejas! Isto é um absurdo e uma das principais razões da frieza espiritual, da influência mundana e da total desinformação que tem tomado conta do nosso povo nos últimos anos, sem falar nas milhares de vidas que se encontram completamente aprisionadas por heresias e falsos ensinos, que têm tomado conta dos nossos púlpitos.

- O descaso com as Escolas Bíblicas Dominicais por parte de muitos pastores e dirigentes de igrejas locais, eles próprios eternos ausentes destas reuniões, leva, muitas vezes, à entrega das classes a pessoas despreparadas, que mal sabem para si, que dirá para os outros. Estamos muito longe do modelo bíblico, em que os apóstolos, apesar de serem os principais nomes da igreja, tomavam para si a responsabilidade do ensino da Palavra, ensino este que era prioritário, tanto que a primeira coisa que Lucas faz notar na igreja primitiva é de que eles “perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At.2:42).

- O ensino da Palavra deve ser a atividade interna prioritária, primordial na igreja local. Depois da evangelização, que é voltada para ganhar almas para o Senhor, que é voltada para os que estão fora da igreja local, para a comunidade (com exceção dos departamentos infantil, de adolescentes e juvenil, que são departamentos internos de evangelização), a igreja local deve se preocupar é com o aprendizado de seus membros, com o ensino da Palavra. Assim, as reuniões voltadas para os salvos devem ser, prioritariamente, de ensino da Palavra, de ensino doutrinário. Entretanto, o que se tem visto é que a Palavra de Deus é tão somente lida em algumas reuniões, quando o é, sem qualquer exposição ou ensino a respeito dela. Não são poucos, aliás, os crentes que nem mesmo levam suas Bíblias para tais reuniões, pois sabem que nem sequer tais Bíblias serão lidas ou abertas.

- Nos ensaios, nas reuniões de oração, nas festividades, nas reuniões de obreiros, nas reuniões administrativas, em todos os atos da igreja local, é primordial que haja uma exposição da Palavra e que se proceda ao ensino da Palavra de Deus. Como poderemos perseverar na doutrina dos apóstolos, se não há quem a ensine aos crentes? Como podemos crescer espiritualmente, se não recebemos o alimento espiritual, que é a sã doutrina, a Palavra de Deus?

- Recentemente, ficamos muito tristes ao saber de um irmão de que, numa determinada reunião de sua igreja local, depois de cânticos e mais cânticos, o dirigente, ao notar que ainda faltavam dez minutos para o fim do culto, disse que “para não terminarmos o culto antes da hora, vamos, então, já que há tempo, falar algo da Palavra de Deus”. Onde nós estamos? A Palavra de Deus virou “sobra de tempo” em nossas igrejas locais? Algo para ser ensinado e exposto quando “houver tempo”? E o que dizer de outro dirigente de igreja que, como se tratava de culto de aniversário da igreja local, e como ainda haveria “comes e bebes”, decidiu que não haveria pregação nem exposição da Palavra naquele dia? Estamos, irmãos, lamentavelmente, a viver os tempos tristes anunciados pelo profeta Amós, tempos de fome e de sede da Palavra de Deus (Am.8:11)!

- Para se fazer o discipulado, é indispensável que demos o devido valor à Palavra de Deus, Palavra que o próprio Deus engrandeceu a tal ponto de a pôr acima de Si mesmo (Sl.138:2). Sem esta atitude, de nada adiantará desenvolver “cursos teológicos”, “cursos bíblicos”, “cursos de preparação de obreiros” e tantas outras coisas que têm sido inventadas e postas em prática na atualidade. Se as pessoas não se conscientizarem de que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que procede da boca de Deus (Mt.4:4), um discipulado não terá êxito em qualquer igreja local. Foi isto que os apóstolos sempre fizeram, a ponto de terem arrogado para si esta tarefa e tê-la posto como prioridade absoluta em seus ministérios.

- Por isso, deve partir dos dirigentes da igreja local a tarefa do discipulado. Como pastores (e falamos aqui de função, de dom ministerial e não de título), são necessariamente mestres, ensinadores da Palavra, pois nem todo mestre é pastor, mas todo pastor é mestre, tanto que a expressão bíblica, quanto relaciona os dons ministeriais, é “pastores e mestres” (Ef.4:11). Assim sendo, se alguém está a apascentar o rebanho de Deus, deve ensinar a Palavra e fazê-lo com prioridade. Por isso, até, é este um dos requisitos para a seleção ao ministério pastoral (II Tm.3:2).

OBS: A propósito, é um dos grandes fatores que nos levou ao atual estado catastrófico em termos de ensino da Palavra a falta de observância do requisito da aptidão para ensinar na separação e consagração de obreiros na atualidade pelos ministérios, convenções e denominações.

- O dirigente da igreja local deve ser o primeiro a ter prazer em ensinar e a se esmerar no ensino da Palavra. Deve ser alguém sempre pronto a elucidar dúvidas doutrinárias dos irmãos, um assíduo freqüentador da Escola Bíblica Dominical, alguém que demonstra esforço e profundidade doutrinária nos cultos de ensino, como também na pregação da Palavra nas reuniões públicas. Não precisa ser um “doutor em Divindade”, um “erudito”, mas precisa, isto sim, demonstrar conhecimento bíblico, intimidade com as Escrituras, precisa ser um obreiro aprovado, que maneja bem a palavra da verdade.

- Além de se mostrar ele próprio um estudioso das Escrituras, o dirigente da igreja local deve exigir este mesmo perfil de seus auxiliares. Não se pode permitir obreiro que não tenha conhecimento bíblico, que não demonstre meditar na Palavra de Deus de dia e de noite. O dirigente deve incentivar os seus auxiliares no estudo da Bíblia, inclusive, se necessário, fazendo reuniões de estudos bíblicos com eles, a fim de estimulá-los a manejar bem a palavra da verdade. Deve dar atenção especial ao superintendente da Escola Bíblica Dominical e aos professores da EBD, participando das reuniões preparatórias deles sempre que possível, além de assistir às aulas da EBD, verificando, assim, como está sendo ensinada a Palavra na igreja local.

- Os departamentos da igreja devem, também, voltar-se para o ensino da Palavra de Deus. Toda e qualquer reunião deve ter uma exposição da Palavra e um ensinamento a ser ministrado por parte do responsável do departamento, quando não de algum obreiro destacado para fazê-lo pela direção da igreja local. Não há coisa alguma que justifica a ausência completa da Palavra de Deus nos ensaios dos conjuntos musicais ou nas reuniões de oração. As próprias letras dos hinos e cânticos a serem ensaiados são motivos para se realizarem estudos bíblicos (o que, aliás, levaria muitos a abandonarem certos “louvores” que andam infestando as nossas igrejas locais…).

- Entre as crianças, adolescentes e jovens, deve-se sempre e ininterruptamente, na Escola Bíblica Dominical e fora dela, incentivar-se a leitura metódica e contínua da Palavra de Deus, a fim de que se crie o hábito da leitura da Palavra desde cedo, o que será primordial para um sadio crescimento espiritual destas pessoas, que, por sua tenra idade, são facilmente influenciáveis pelo mundo. Neste passo, os professores de EBD destes segmentos bem assim os responsáveis por estes departamentos têm de ser pessoas amantes da Palavra do Senhor, devidamente preparadas para responder com mansidão e temor a razão da esperança que há no crente (I Pe.3:15). Muito se verifica, na escolha de tais pessoas, se elas têm uma vida de oração, se respeitam os costumes da igreja local, e pouco se observa a respeito de sua intimidade com a sã doutrina, quando é este o ponto fundamental a ser enfrentado, notadamente nos dias em que vivemos em que a mídia tem trazido número cada vez maior de pensamentos e idéias contrários às Escrituras, muitas vezes travestidos de “evangélicos”.

- Com relação aos novos convertidos, é preciso haver um segmento especial da igreja local para deles cuidar. O novo convertido deve, também, ser estimulado e incentivado a iniciar a leitura das Escrituras, sendo de bom alvitre que sejam selecionados textos que digam respeito aos fundamentos doutrinários, a fim de que o novo convertido, um neonato espiritual, seja tratado com o “leite racional” (I Pe.2:2).

- O novo convertido deve ser acompanhado de perto pelos evangelistas da igreja local, que deverão lhe tirar todas as dúvidas que tenha e dar prioridade a que ele aprenda os fundamentos doutrinários, as bases da doutrina cristã. Tais bases estão elencadas pelo escritor aos Hebreus, a saber: arrependimento de obras mortas, fé em Deus, doutrina dos batismos, da imposição das mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno (Hb.6:1,2). Tais ensinamentos devem ser dados, de forma sistemática, preferencialmente na Escola Bíblica Dominical, em classe específica para os novos convertidos, a fim de que eles possam, a um só tempo, ter conhecimento das verdades bíblicas essenciais, como também se acostumar a freqüentar a EBD.

- Nos chamados cultos de ensino, o dirigente da igreja local deve ministrar o chamado “sólido mantimento” (Hb.5:12), ou seja, levar à igreja a uma maior profundidade doutrinária, vez que se trata de uma reunião cujo objetivo é o de promover o crescimento espiritual dos crentes integrantes da igreja local. Por isso, muitas vezes, é conveniente que a reunião se dê apenas entre os membros da igreja local, havendo uma reunião paralela para outros segmentos que ainda estão na fase do “leite” (Hb.5:12), como crianças, adolescentes, jovens e novos convertidos.

- Este tipo de reunião é o adequado para o chamado “ensino problemático”, ou seja, aquele em que, à luz dos problemas detectados na igreja local, o dirigente prepara um estudo bíblico a fim de mostrar aos crentes qual é a atitude que se espera de um servo de Deus ante tais dificuldades. No ensino problemático, o dirigente contextualiza a Palavra de Deus e cuida do rebanho de Deus, a exemplo do que Paulo fez em diversas de suas epístolas.

- Infelizmente, porém, muitos dirigentes têm desperdiçado esta oportunidade singular para desmoralizar pessoas, entristecer irmãos e, não raras vezes, substituir o ensino da sã doutrina por mandamentos de homens e usos e costumes, o que contribui ainda mais para o raquitismo espiritual da igreja local e o aumento dos problemas e das dificuldades.

- Igualmente triste é a constatação de que as reuniões de ensino são, quase sempre, as menos freqüentadas das igrejas locais. Nos dias em que vivemos, em que a sobrevivência é cada vez mais difícil, muitos se justificam pela “falta de tempo” ou até mesmo “falta de dinheiro” pela sua ausências nos cultos de oração e doutrina. Entretanto, esta mesma “falta de tempo” e “falta de dinheiro” inexiste em outras espécies de cultos, notadamente os “louvorzões”, os “congressos” e outros eventos, em que a sã doutrina é substituída pelo “reteté”, pelo “agito” e por tantas outras coisas. O que há, na verdade, é uma fuga à Palavra de Deus, uma fuga à Verdade, uma fuga da presença de Deus, o que apenas se justifica, biblicamente, pela percepção de que, por causa do pecado, se está espiritualmente nu.

- Diante desta realidade assustadora e cada vez mais freqüente em muitas igrejas locais, urge que os dirigentes de igrejas locais, já que o povo não vem aos cultos de doutrina, façam o culto de doutrina ir até os irmãos, aproveitando-se das reuniões mais numerosas para ensinar-lhes a Palavra de Deus. Para tanto, é preciso que o tempo da Palavra de Deus aumente nos cultos, com diminuição de tanta cantoria e de tanta ostentação que muito pouco tem de adoração a Deus. Ou nos voltamos para o ensino da Palavra, para o discipulado, ou continuaremos a ver a progressiva, inevitável e impiedosa destruição do povo de Deus (Os.4:6).

IV – OS EFEITOS DA FALTA DO DISCIPULADO

- A Igreja foi feita para anunciar as boas-novas de salvação e para aperfeiçoar os santos, mostrar aos homens o que é servir a Jesus e dar provas vivas de que Jesus salva e transforma o homem, que, passando da morte para a vida, torna a ser imagem e semelhança de Deus.

- Para que isto aconteça, a Igreja não só tem de pregar o Evangelho, como as pessoas que crêem nesta mensagem têm de mudar completamente de vida, deixando as trevas e vindo para a luz, passando a ser novas criaturas, tendo uma modificação completa em suas vidas, a ponto de isto ser notado até mesmo por aqueles que são espiritualmente mortos.

- Esta mudança de vida é a razão de Jesus ter chamado Seus discípulos de “luz do mundo” e “sal da terra”. Assim como a luz ilumina e faz as trevas desaparecer, os salvos devem fazer desaparecer a escuridão espiritual nos lugares onde se encontram, com o seu distinto comportamento trazendo bênçãos aos que estão à sua volta. Assim como o sal conserva o alimento e impede que ele apodreça, dá sabor ao alimento e até impede a formação de gelo, assim também a Igreja deve impedir o apodrecimento total do mundo nos aspectos moral e espiritual, deve tornar o mundo menos desagradável para se viver e deve interromper a frieza espiritual que caracteriza o domínio do pecado e do mal.

- Contudo, notadamente nos dias de apostasia em que vivemos, muitas igrejas locais não têm sido mais “luzes do mundo” nem tampouco “sal da terra”. Em vez de iluminarem o mundo, estão se envolvendo com as trevas; em vez de conservarem a pureza, o sabor e o fervor espirituais, estão elas completamente comprometidas com o pecado, não mais se distinguem dos incrédulos, sendo verdadeiros “icebergs” espirituais. Por que isto está acontecendo?

- Tudo isto está acontecendo porque muitas igrejas locais estão, a exemplo das dez tribos do reino do norte (o reino de Israel), sendo destruídas por falta de conhecimento das Escrituras. A Palavra de Deus não é mais ensinada nestas igrejas. A Bíblia foi substituída por outros livros, por outros ensinamentos. Dizeres de teólogos, psicólogos, filósofos, cantores e compositores tomaram o lugar da Palavra. Os poucos que realmente se convertem a Cristo nestes lugares ficam desamparados, sem instrução nem nutrição espiritual e, por causa disso, crescem sem raiz, sem firmeza e, como Jesus ensinou na parábola do semeador, não resistem à angústia e perseguição (Mt.13:21).

- A falta de Palavra de Deus, a falta de discipulado faz, também, com que muitos, embora tenham algum crescimento, ante o sufocamento da Palavra, deixam-se levar pelas riquezas ou pelos cuidados deste mundo e, por causa disto, também morrem espiritualmente (Mt.13:22).

- A ausência do discipulado nas igrejas locais é um dos fatores primordiais pelos quais se dá o esfriamento do amor da esmagadora maioria das pessoas que se disseram um dia cristãs (Mt.24:12). Precisamos pertencer ao grupo minoritário, ao grupo daqueles que, por terem fome e sede de justiça, serão fartos (Mt.5:6); aqueles que, mesmo tendo a multidão sido despedida, mantém aos pés do Senhor com interesse em dEle aprender (Mt.13:36); aqueles que não se acham auto-suficientes, como a igreja de Laodicéia (Ap.3:17), mas que, como o salmista, se acha pobre e necessitado (Sl.40:17a), carente do aprendizado de Cristo.

OBS: “…Cada templo cristão pode se tornar um lugar de ensino moralizador, a fim de que nossas crianças e jovens, juntamente com seus pais, possam receber a instrução necessária, capaz de reverter o quadro de miséria, que levou este mundo à corrupção e violência. Ensinar é preciso! Jesus, o Divino Mestre, utilizou-se deste meio para dar início à Sua Igreja e a comissionou a ir por todo o mundo ensinando a todas as gentes…”(SILVA, Osmar J. da. Reflexões filosóficas de eternidade a eternidade, v.6, p.133).

- Os fundamentos da sociedade, do mundo, das nações, das religiões, da moral, da família, enfim, de todas as coisas se transtornam (Sl.11:3) e, tal qual o salmista, perguntamos ao Senhor: que pode fazer o justo? E este Senhor, que nunca nos deixe e quer nos ensinar, responde: “Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.” (Mt.11:29).

- Estamos dispostos a tomar o jugo de Jesus, a pagar o preço por aprendermos da Sua Palavra e, por causa disto, a colocarmos em prática? É por isso que os que amam a Palavra do Senhor têm sido cada vez mais rejeitados nas igrejas locais. São considerados “fanáticos”, “retrógrados”, “ultrapassados”. Entretanto, sabemos que as palavras do Senhor não passam (Mt.24:35; Lc.21:33) e que, portanto, devemos continuar a ensinar as Escrituras e que, somente a partir delas, teremos condição de crer em Jesus e de seguir jubilosos o nosso caminho até o dia da glorificação (At.8:35-39).

- Devemos, pois, com todas as forças, não desanimar e, apesar de toda a resistência, a começar de nossas próprias igrejas locais, lutar para que haja o discipulado, desde as crianças até os novos convertidos, passando, também, pelos “crentes antigos”. Lutemos para que haja ensino da Palavra de Deus em todas as reuniões, inclusive com mensagens doutrinárias nos cultos ditos evangelísticos de domingo à noite. Lutemos para que, nos ensaios e reuniões, haja sempre a exposição da Palavra. Lutemos para o aumento da freqüência da Escola Bíblica Dominical. Lutemos para que os obreiros se conscientizem da necessidade de ler a Bíblia e serem aptos para ensinar. Lutemos para que o tempo da Palavra aumente em nossas reuniões. Sabemos que tudo isto é muito difícil, que a apostasia já se instalou, mas também nos esqueçamos de que precisamos ser “…firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor”(I Co.15:58b, com adaptação das pessoas gramaticais).